Bitcoin: maior alta histórica e tendência de valorização
Quando o bitcoin atinge sua máxima histórica, a criptomoeda ganha destaque em conversas e na mídia. Mas como saber se é o momento certo para comprar?
Veja agora como investir em períodos de “all-time high”, se isso é um sinal de bolha, quais os riscos e as perspectivas de valorização para 2025.
O que é “all-time high” (ATH) do bitcoin?
O “all-time high” (ATH), ou máxima histórica, ocorre quando a cotação do bitcoin atinge seu maior valor já registrado. Nesse contexto, não importa o volume negociado ou se a criptomoeda cai logo em seguida.
Esse nível não limita a alta nem representa o valor máximo potencial da criptomoeda. Na prática, o ATH reflete a maior cotação histórica registrada, mesmo que aconteça durante o dia, distante do preço de fechamento.
Qual foi a máxima histórica do bitcoin?
A maior alta do bitcoin em dólar foi registrada em 22 de maio de 2025, atingindo US$ 111.955, segundo o índice da TradingView. Esse valor superou em 2% o pico anterior, de janeiro de 2025, quando o Bitcoin alcançou US$ 109.355.
Bitcoin/dólar, índice TradingView.
Vale destacar que não existe uma cotação oficial para a criptomoeda, pois seu preço varia entre os intermediários, refletindo diferenças em taxas, prazos e perfis de clientes. Em reais (R$), a maior alta do bitcoin no Mercado Bitcoin (MB) foi registrada em 17 de dezembro de 2024, quando seu preço atingiu R$ 669.980.
Por que a máxima histórica bitcoin é diferente em R$?
Quando o valor do dólar varia em relação ao real, o preço do bitcoin em reais também muda, mesmo que a cotação da criptomoeda em dólares permaneça a mesma. A flutuação do câmbio impacta diretamente o preço em reais, que segue os mercados internacionais, porém ajustado pela taxa de câmbio entre dólar e real.
A máxima histórica do bitcoin em reais (R$) difere da cotação em dólares porque, no Brasil, o ativo é negociado em reais. Assim como ocorre com o ouro e o petróleo, o mercado local tende a acompanhar a cotação em dólar, devido à maior liquidez e volume de negociações. Esses fatores resultam em diferentes datas de máxima histórica, dependendo da moeda usada.
“All-time high” do bitcoin é sinal de bolha?
É incorreto afirmar que o ATH do bitcoin ocorre apenas em períodos de bolha ou que o evento é marcado pelo FOMO, o “medo de ficar de fora”. Além disso, essa métrica é atualizada a cada novo marco, portanto, não pode ser utilizada para analisar tendências. Em resumo, não há como prever se a máxima histórica do Bitcoin representa um momento de pico ou se a tendência de alta será mantida.
Bitcoin/dólar, índice TradingView.
O Bitcoin atingiu um “all-time high” em março de 2024, por exemplo, quando sua cotação alcançou US$ 73.760 no índice TradingView. Após um período de lateralização de oito meses, a criptomoeda apresentou uma alta de 56% em 40 dias, atingindo uma nova máxima histórica de US$ 108.285 em meados de dezembro.
O que influencia a alta do bitcoin?
A cotação do bitcoin é determinada pelas expectativas de cada participante, baseadas na percepção de valor, utilidade e diferenciais da criptomoeda em relação a outros ativos, sejam eles financeiros ou não. O sucesso do lançamento do ETF de bitcoin à vista nos EUA é apontado por alguns analistas como o principal impulsionador da valorização em 2025.
No entanto, outros fatores também podem ter contribuído, como o aumento no teto da dívida dos EUA, expectativas de injeção de liquidez e tensões comerciais entre grandes economias. À medida que a narrativa de “ouro digital” ganha força, maior se torna o potencial da criptomoeda. Em resumo, é impossível determinar com precisão quais fatores levaram à valorização do Bitcoin.
Por que a cotação do bitcoin oscila tanto?
A volatilidade em sua cotação reflete a incerteza sobre seu futuro e o valor percebido por seus usuários. Embora tenha 15 anos de existência, o Bitcoin ainda é considerado uma tecnologia emergente, tanto em desenvolvimento quanto em adoção. Enquanto o lado da oferta é previsível, estimar a demanda dos compradores é desafiador.
O bitcoin tem o potencial de capturar parte do valor atribuído a ativos como ouro e imóveis. Ao mesmo tempo, pode ser desejado por sua tecnologia, que oferece um sistema de registro de dados imune à censura. Criar um modelo de precificação é complexo, considerando-se as múltiplas utilidades do ativo e seu contínuo desenvolvimento.
A alta histórica do bitcoin impacta as demais criptomoedas?
Sim, o bitcoin funciona como principal termômetro do mercado de criptomoedas, devido ao seu maior volume, valor de mercado e participação de investidores institucionais. Suas variações de preço exercem influência significativa sobre as altcoins, as criptomoedas alternativas, independentemente do segmento em que atuam.
Embora não exista uma relação direta e constante entre os preços, é comum que o otimismo dos investidores aumente quando o bitcoin atinge novas máximas históricas. Por outro lado, quedas no preço do bitcoin tendem a impactar de forma mais acentuada as demais criptomoedas, especialmente quando prevalece o sentimento de FUD (medo, incerteza e dúvida).
O que diferencia o Bitcoin?
Apesar de existirem milhares de criptomoedas, o Bitcoin se destaca por utilizar um sistema de criptografia em seu blockchain. Isso impede que uma tentativa de criar uma cópia seja reconhecida pelos participantes da rede.
Na prática, copiar o Bitcoin é inviável, pois a rede já conta com um grande número de usuários executando seu software. Além disso, seria extremamente difícil reunir um poder de processamento semelhante, devido à vasta quantidade de equipamentos de mineração conectados à rede.
Em resumo, o Bitcoin se diferencia por seu histórico de manutenção das regras de emissão e circulação, e por sua extensa rede de usuários, que rejeita automaticamente qualquer tentativa de mudança nas regras sem o devido consenso.
O bitcoin vai valorizar em 2025?
Segundo Rony Szuster, da área de Research do MB, “ainda vemos espaço para subir, mas não tanto quanto antes.” Ele destaca três cenários para o final de 2025: US$130 mil, caso o ritmo de adoção siga estável; US$150 mil, se mais empresas e países entrarem comprando; e até US$200 mil em um cenário otimista.
Para a equipe de Research do MB, um “super ciclo” ainda em 2025 parece exagerado. “O bitcoin deve seguir forte, com boas chances de atingir US$150 mil, mas é preciso ter cautela e avaliar as posições”, afirma Rony. Mesmo em cenários positivos, são esperadas correções até o final do ano, sem comprometer o potencial de valorização.
Por que comprar bitcoin?
O Bitcoin oferece vantagens relevantes para investidores. Além de ser uma reserva de valor, similar ao ouro, e funcionar como meio de pagamento independente, seu principal atrativo é a escassez: a oferta é limitada a 21 milhões de unidades. O halving do Bitcoin reduz a emissão de novas moedas, atuando como proteção contra a inflação, enquanto o ajuste de dificuldade garante a previsibilidade da oferta.
O Bitcoin também é uma alternativa de pagamento livre de controle governamental, útil em países com instabilidade financeira. Outra vantagem de comprar bitcoin é a diversificação, já que tem correlação fraca com ativos tradicionais. Seu alto potencial de valorização e a possibilidade de custódia própria, sem intermediários, o tornam ainda mais atraente, apesar da volatilidade.
Vale a pena comprar Bitcoin após atingir sua maior alta?
O bitcoin vale a pena se você valoriza seus diferenciais, como a política monetária previsível e a resistência à censura. Para reduzir o risco de escolher o momento errado para investir, recomenda-se a estratégia “Dollar Cost Average” (DCA). Nesse método, você investe um valor fixo com regularidade, como R$ 100 ou R$ 500 por mês, independentemente da cotação atual.
Essa abordagem ajuda a evitar o arrependimento de investir um valor alto de uma só vez, especialmente se o preço cair após atingir um pico.
É possível prever uma nova máxima histórica do bitcoin?
Embora exista uma expectativa de valorização do bitcoin no longo prazo, é inviável antecipar uma nova máxima histórica. Não é possível saber quando comprar bitcoin antes de uma valorização, já que o preço reflete a oferta e demanda, além das perspectivas individuais dos investidores.
A ausência de um modelo confiável de previsão se deve à natureza emergente das criptomoedas e à combinação única de características do Bitcoin — como dinheiro, bem digital e rede de processamento. Mesmo no curto prazo, seu valor é afetado por fatores imprevisíveis, como o cenário socioeconômico, política monetária e o apetite de risco dos participantes do mercado.
Qual o risco de comprar bitcoin?
É essencial entender que o bitcoin não possui um preço mínimo garantido, nem conta com uma entidade que atue para valorizar o ativo. Sua cotação pode apresentar variações imprevisíveis, marcadas por alta volatilidade. Por outro lado, o Bitcoin oferece vantagens exclusivas em segurança, transparência e histórico de resiliência.
Manter uma alocação compatível com seu perfil de risco é fundamental ao investir em ativos de renda variável. Investimentos periódicos, sem tentar acertar o melhor momento de compra, são uma estratégia prudente. As flutuações de preço, inclusive as quedas, são esperadas em uma classe de ativos com grande potencial e adoção ainda em estágio inicial.
Onde comprar Bitcoin no Brasil com segurança?
Você pode comprar bitcoin no MB, a exchange líder em volume de negociação e número de clientes no Brasil. Com 12 anos de atuação e foco em segurança, o MB integra o grupo 2TM, que também controla a fintech MB Pay, uma Instituição de Pagamento regulada e licenciada pelo Banco Central.
Ao utilizar exchanges estrangeiras ou sediadas em paraísos fiscais, o investidor se expõe a riscos adicionais em eventuais litígios. Nessas situações, a responsabilidade de informar à Receita Federal todas as operações, incluindo trocas e movimentações entre carteiras, recai inteiramente sobre o usuário.
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