Vale a pena sacar o FGTS para investir?
Todo trabalhador no regime CLT tem direito ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), formado por depósitos mensais do empregador. Deixar o dinheiro nessa conta, porém, raramente é a melhor escolha.
Veja se vale a pena sacar o FGTS para investir, em quais situações é possível pedir o resgate e o potencial de ganho em cada investimento.
Quanto rende o FGTS?
O FGTS rende 3% ao ano, acrescido da Taxa Referencial (TR) e eventuais distribuições de lucro do fundo. Em 2023, sua rentabilidade foi de 7,78%, acima dos 7,09% de 2022, mas bem inferior aos 13,04% acumulados pelo CDI, principal referência da renda fixa.
Historicamente, o FGTS tem rendimento inferior ao de outras aplicações com rentabilidade fixa, incluindo opções oferecidas pelo governo, como o Tesouro Direto. Apesar disso, o FGTS geralmente supera a inflação medida pelo IPCA, mas é considerado um investimento de baixo retorno.
É possível sacar o FGTS?
O FGTS pode ser sacado em situações específicas, como demissão sem justa causa, compra de imóvel, quitação de financiamento habitacional ou em casos de doenças graves, como câncer ou HIV.
Também é possível realizar saques programados, como a liberação anual ou ao atingir uma idade específica. O saldo também pode ser resgatado em situações de calamidade pública ou ao completar 70 anos.
Como funciona o saque do FGTS sem demissão?
Para sacar o FGTS antes da demissão, é preciso atender a critérios específicos, como o saque-aniversário ou situações especiais. No saque-aniversário, é possível retirar parte do saldo anualmente ao aderir à modalidade pelo aplicativo FGTS ou pelo site da Caixa.
Nas situações especiais, como doenças graves, compra de imóvel ou aposentadoria, é necessário apresentar documentos comprobatórios. O procedimento pode ser iniciado pelo aplicativo oficial FGTS, que também permite consultar o saldo e simular valores disponíveis.
Vale a pena sacar o FGTS?
Sim, vale a pena sacar o FGTS, seja para a aquisição de imóvel próprio, pagamento de dívidas ou para realizar investimentos com retorno mais elevado. Além disso, ao solicitar o saque-aniversário, o trabalhador ganha flexibilidade para usar o dinheiro, sem precisar aguardar a demissão para resgatar o valor.
Vale lembrar que o valor disponível para o saque programado anual é parcial, seguindo uma tabela regressiva. Os resgates dos trabalhadores que optarem pelo saque-aniversário seguem um calendário baseado no mês de nascimento. Após o saque, o trabalhador pode usar o dinheiro livremente, inclusive para investir.
Como FGTS remunera os trabalhadores?
Os recursos do FGTS vêm dos depósitos mensais obrigatórios feitos pelos empregadores, correspondentes a 8% do salário bruto de cada empregado. O fundo utiliza esses recursos para financiar projetos de habitação, saneamento básico e infraestrutura, gerando retorno financeiro.
O lucro obtido nas operações do fundo é parcialmente distribuído aos trabalhadores anualmente. Esse lucro é creditado proporcionalmente ao saldo das contas no período, aumentando o rendimento total do FGTS além da taxa fixa de 3% ao ano.
A rentabilidade da Renda Fixa supera o FGTS?
Sim, a rentabilidade da Renda Fixa geralmente supera o FGTS. A taxa Selic é a base de remuneração da economia brasileira e serve como medida oficial para os depósitos das instituições financeiras no Banco Central. Embora esse índice não reflita exatamente as condições de mercado para empréstimos e aplicações, os valores costumam ser próximos.
Segundo a pesquisa Focus do Banco Central, a taxa Selic deve atingir 11,50% ao ano em 2025. Esse indicador é amplamente usado como referência para medir o retorno de aplicações. Vale destacar que investimentos com maior risco ou prazos mais longos geralmente oferecem retornos maiores para atrair investidores.
Qual rende mais? FGTS, CDB ou Tesouro Direto
Aplicações como o Certificado de Depósito Bancário (CDB) atreladas ao CDI e os Títulos do Tesouro Direto rendem mais que o FGTS. Por exemplo, o Tesouro Prefixado 2027 tem rentabilidade líquida de 11%, já descontando a alíquota de 17,5% sobre o ganho de capital.
De maneira similar, um CDB de banco grande pagando 100% do CDI deve trazer um retorno líquido de 10,8% em 12 meses, superior aos 7,78% apresentados pelo FGTS em 2023. Para efeito de comparação, até mesmo a poupança, uma aplicação com alto nível de garantias, teve rentabilidade de 8% em 2023.
Compensa sacar o FGTS para investir em debêntures?
Sim, geralmente compensa sacar o FGTS para investir em debêntures, especialmente as incentivadas, que são isentas de imposto sobre o ganho de capital. A dívida corporativa tende a oferecer um retorno superior ao FGTS.
Contudo, é importante lembrar que esse tipo de investimento envolve mais risco, já que nem o governo nem o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) garantem o pagamento das debêntures. Portanto, ao optar por essa estratégia, é fundamental avaliar o perfil de risco e diversificar a alocação.
Vale a pena investir o saque do FGTS em ações de empresas?
Investir o saque do FGTS em ações pode valer a pena, mas depende do perfil de risco, prazo e capacidade de realizar novos aportes. A renda variável não oferece rentabilidade garantida, e seus preços flutuam conforme a oferta e demanda, o que implica um risco muito maior do que a renda fixa.
Até mesmo investimentos em fundos imobiliários ou carteiras de dividendos podem enfrentar desvalorização. Portanto, ações são uma classe de ativos bem diferente do FGTS, e quem optar por essa alternativa deve estar ciente das oscilações do mercado e ter uma estratégia bem definida.
Compensa sacar o FGTS para comprar imóvel?
Sim, com certeza! Sacar o FGTS para comprar um imóvel é vantajoso, pois uma entrada maior reduz significativamente os juros no financiamento. Além disso, investir em imóveis é uma opção sólida, proporcionando maior segurança financeira.
O imóvel pode gerar renda por meio de aluguel ou reduzir despesas, caso seja usado como moradia própria. Essa decisão alia planejamento financeiro e valorização de um bem de longo prazo, otimizando o uso do FGTS.
Renda fixa ou FGTS: qual o mais seguro?
Tesouro Direto e FGTS têm o mesmo risco, ambos garantidos pelo governo federal. Já CDBs e Letras de Crédito dependem da solidez do emissor, mas contam com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até R$ 250 mil por CPF em cada instituição.
Fundos DI, por exemplo, são independentes do administrador e gestor, com ativos separados, o que reduz o risco em caso de dificuldades do emissor. O maior risco está em ativos de dívida corporativa, que, embora mais arriscados, oferecem retornos superiores para compensar esse risco.
Como lucrar mais do que a Renda fixa tradicional?
A Renda Fixa Digital do MB oferece aplicações com alto potencial de lucro e previsibilidade, com investimentos a partir de R$ 100 e ganhos superiores à renda fixa tradicional. No MB, você conta com a análise criteriosa de nossos especialistas, e os ativos-fim são custodiados diretamente no MB, sem depender de terceiros.
Outro diferencial é a isenção de imposto de renda na venda de até R$ 35.000 mensais para pessoas físicas, considerando toda a carteira de ativos digitais. O MB não cobra taxas de administração ou saques em reais, possibilitando a diversificação em ativos com diferentes perfis de dívida corporativa.
Como surge o ganho da Renda Fixa Digital do MB?
Victor Delduque, diretor do Wealth Management do MB, explica que a Renda Fixa Digital oferece retorno mais elevado devido à sua estruturação mais simples em comparação com as debêntures tradicionais, cujos custos podem ultrapassar R$ 3 milhões. Com isso, mais ganhos são direcionados ao investidor.
A Renda Fixa Digital não conta com a proteção do FGC, mas o MB pode solicitar garantias da empresa emissora para cobrir eventuais atrasos ou inadimplências. As ofertas do MB, ao incluir ativos além da renda fixa tradicional, ajudam na redução da concentração de riscos para o investidor.
Compensa sacar o FGTS para sanar dividas?
Sim, compensa sacar o FGTS para quitar dívidas, especialmente as de altas taxas, como cartão de crédito, cheque especial ou empréstimo pessoal. Essas dívidas frequentemente possuem juros superiores a 3% ao mês, enquanto o FGTS rende apenas 3% ao ano mais TR.
Ao utilizar o saldo do fundo, você reduz o impacto financeiro dos juros acumulados, melhora sua saúde financeira e evita o endividamento progressivo. Contudo, é essencial planejar bem, considerando que o FGTS é um recurso limitado e tem caráter de reserva financeira.
FGTS pode ser considerado uma reserva de emergência?
O FGTS não é ideal como reserva de emergência. Embora seja um recurso do trabalhador, seu saque é restrito a situações específicas, portanto o acesso limitado impede sua utilização imediata em emergências financeiras.
Para uma reserva de emergência, é mais recomendado aplicar em investimentos com resgate imediato, como Tesouro Selic ou CDBs com liquidez diária, que oferecem maior acessibilidade e rendimento. Contas digitais remuneradas também são uma alternativa interessante.
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