Como se proteger da inflação de forma segura
Ao se proteger da inflação, o investidor consegue manter seu poder de compra. Embora sensata, essa estratégia não garante um aumento real do capital.
Para obter retornos acima da inflação, é necessário diversificar a carteira, seja por meio de investimentos de longo prazo ou ativos de renda variável.
Aprenda agora como se proteger da inflação, quais as melhores estratégias e como reduzir o risco do investimento.
O que é inflação?
Inflação é um conceito econômico que se refere ao aumento dos preços de bens e serviços em uma economia ao longo do tempo. Na prática, esse fenômeno resulta em um declínio do poder de compra da moeda, o que significa que a mesma quantidade de dinheiro passa a comprar menos produtos do que antes.
A inflação é causada principalmente pelo aumento excessivo da oferta de moeda em relação à demanda por bens e serviços na economia. Isso pode ocorrer devido a diversos fatores, como impressão descontrolada de dinheiro pelo governo, aumentos bruscos nos custos de produção ou demanda aquecida.
Como a inflação é calculada?
A inflação é calculada por meio da coleta de preços de uma variedade de produtos e serviços ao longo do tempo. A cesta medida inclui itens que representam diferentes setores, como alimentos, habitação, transporte e saúde. Com base nesses preços, são construídos indicadores que refletem a variação percentual dos preços em um período específico.
Esses indicadores permitem que as autoridades econômicas tenham uma visão precisa das mudanças nos níveis de preços. Essa informação é vital para a tomada de decisões políticas e monetárias, pois oferece uma imagem atualizada da evolução dos preços e da saúde econômica de um país.
Quais são os principais indicadores de inflação?
Abaixo, destacamos os índices econômicos mais relevantes relacionados à inflação e suas funções essenciais na economia.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
O IPCA é calculado mensalmente pelo IBGE desde 1979, refletindo os preços de bens e serviços consumidos pelas famílias. O IPCA se tornou o indicador oficial de inflação do Brasil a partir dos anos 2000 e serve de base para as metas de inflação estabelecidas pelo Banco Central.
Taxa Referencial (TR)
A Taxa Referencial (TR) foi inicialmente concebida para desvincular a economia dos índices de inflação, sendo utilizada na correção de financiamentos habitacionais, rentabilidade da poupança, FGTS e títulos de capitalização. O Banco Central é responsável pelo seu cálculo.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
O INPC é amplamente empregado em reajustes salariais e acordos coletivos, com abrangência geográfica comparável à do IPCA. No entanto, o INPC reflete a variação de preços da cesta de produtos consumidos por famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos. O IBGE é responsável pelo seu cálculo.
Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M)
O IGP-M é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), abrange diversas atividades e estágios do processo produtivo. O IGP-M é composto pelo IPA (Produtor), IPC (Consumidor) e INCC (Construção). Seu uso é significativo em contratos, incluindo locação de imóveis e energia elétrica.
Índice Nacional de Custos da Construção (INCC)
O INCC mede a variação dos custos na construção civil, sendo calculado mensalmente pela FGV. Sua relevância está especialmente relacionada ao reajuste de imóveis adquiridos na planta, apesar de não ser amplamente utilizado no mercado de capitais.
Quais investimentos protegem da inflação?
Investir em imóveis, ouro, divisas estrangeiras e renda fixa pode amortecer os impactos da inflação. Esses ativos tendem a acompanhar o aumento dos preços, protegendo o valor do patrimônio. Diversificar permite distribuir riscos e capturar oportunidades, sendo uma maneira inteligente de manter o poder de compra.
Na prática, os investidores que desejam igualar ou superar a inflação devem optar por ativos de renda fixa pós-fixados, ou seja, cujo retorno é atrelado a algum índice, como a Selic, CDI ou IPCA. No entanto, é essencial avaliar o risco do emissor, eventuais prazos de carência e liquidez, além da possibilidade de vender o título antes do vencimento.
Por que se proteger da inflação em 2025?
Proteger-se da inflação em 2025 é essencial para evitar a perda do poder de compra. Com as contas públicas pressionadas, o governo pode recorrer à expansão monetária para cobrir déficits, aumentando a quantidade de dinheiro em circulação. Esse cenário pressiona os preços de bens e serviços e reduz o retorno real dos investimentos.
O aumento na oferta de moeda estimula a busca por ativos mais escassos, como imóveis, ações de empresas, divisas estrangeiras e criptomoedas. Ao se proteger da inflação, você evita essa diluição do valor e consegue preservar seu patrimônio. Isso garante maior estabilidade financeira e segurança para planejar o futuro em um cenário de preços em constante alta.
Estratégias de proteção contra a inflação
Além de investir em renda fixa pós-fixada, ouro e moedas fortes, é possível reduzir os impactos da inflação com medidas práticas:
- Estocar produtos ajuda a evitar surpresas nos preços.
- Pagamentos antecipados de serviços podem proteger contra reajustes.
- Os contratos devem ser renegociados para limitar a indexação.
- A renda precisa ser corrigida periodicamente, por meio de cláusulas contratuais ou revisões frequentes.
- A reserva de emergência garante liquidez para despesas correntes, evitando a venda forçada de ativos.
Para quem possui conhecimento técnico, derivativos como contratos futuros ou opções permitem travar preços e proteger o poder de compra.
Alternativas para proteção contra a inflação
Quando a expansão da base monetária compromete o ganho real da renda fixa, a proteção inflacionária exige diversificação internacional e ativos escassos. Alocar parte do patrimônio em ouro, dólar ou euro reduz o risco cambial. O Bitcoin, por sua oferta limitada, funciona como reserva alternativa de valor.
Investimentos no exterior, como títulos do Tesouro dos EUA, oferecem segurança e liquidez em moeda forte. Já o índice S&P 500 combina distribuição de dividendos com valorização de capital, protegendo contra a perda de poder de compra no longo prazo. A estratégia ideal combina liquidez, escassez e exposição a economias mais estáveis.
Como escolher uma estratégia de proteção?
Escolher uma estratégia de proteção contra a inflação depende do perfil de risco e do horizonte de investimento. Investidores conservadores tendem a preferir renda fixa pós-fixada atrelada ao CDI ou IPCA, mas ainda assim podem se beneficiar da diversificação, especialmente em cenários de desvalorização da moeda local.
Incluir ativos como ouro, moedas fortes, bitcoin e investimentos no exterior, como títulos do Tesouro americano ou ações globais, ajuda a diluir riscos específicos do país e proteger o poder de compra. Quanto maior o horizonte e a tolerância ao risco, maior pode ser a alocação em ativos com potencial de valorização real no longo prazo.
Como a inflação afeta investimentos em renda fixa?
A inflação impacta os investimentos ao limitar o retorno real, que é a taxa de retorno descontada da inflação. Quando a inflação aumenta, o Banco Central pode elevar as taxas de juros para controlá-la, aumentando o retorno de novos títulos de renda fixa. Em geral, investimentos atrelados ao IPCA e CDI garantem a preservação do valor do dinheiro ao longo do tempo.
Por outro lado, quando a inflação diminui, o Banco Central pode adotar uma política monetária expansionista, reduzindo as taxas de juros. Juros baixos favorecem empresas, que conseguem crédito mais barato, e estimulam o consumo, beneficiando ativos de risco, incluindo as ações negociadas em bolsa de valores.
Criptomoedas são protegidas da inflação?
Criptomoedas como Bitcoin e Ethereum não são diretamente protegidas da inflação, especialmente a brasileira, pois seu mercado é dolarizado e global. O IPCA, por exemplo, não influencia esses ativos. Embora criptomoedas em si não sejam indexadas à inflação, há alternativas digitais com mecanismos que buscam preservar o poder de compra do investidor.
Por exemplo, existem ativos digitais com proteção inflacionária, como títulos de Renda Fixa Digital oferecidos pelo MB. Alguns são atrelados ao IPCA, funcionando como investimentos pós-fixados que acompanham a inflação. Outros seguem o CDI, que tende a subir em cenários inflacionários ao acompanhar as taxas de empréstimos interbancários, oferecendo assim proteção.
Qual o retorno da Renda Fixa Digital do MB?
A Renda Fixa Digital do MB oferece retorno previsível, lastreado em um direito creditório securitizado. Diferente das criptomoedas, a Renda Fixa Digital possui lastro em ativos reais, como notas comerciais e debêntures. Esse instrumento não paga juros, mas algumas ofertas têm um calendário de pagamentos periódicos — por isso, é importante consultar a lâmina de cada produto.
A remuneração da Renda Fixa Digital vem do desempenho dos ativos reais representados pelo token, ou seja, do pagamento dos valores previstos nos direitos creditórios. Esse tipo de investimento pode envolver risco de crédito da empresa que originou os créditos e NÃO POSSUI garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
O dólar protege da inflação?
O dólar tende a proteger contra a inflação, pois períodos de alta inflacionária geralmente coincidem com desequilíbrios fiscais e perda de confiança no real brasileiro. Nesse cenário, investidores buscam segurança em ativos atrelados à moeda americana.
No entanto, essa correlação, especialmente em janelas de até 24 meses, não é garantida. Na prática, o dólar pode se desvalorizar frente ao real mesmo com inflação alta, dependendo do contexto global e das decisões do Banco Central.
Como diversificar em períodos de inflação?
Em períodos de inflação, a diversificação é essencial para proteger o poder de compra. Ao distribuir o risco entre diferentes emissores, reduzem-se consideravelmente as chances de surpresas negativas. Investidores com maior aversão a risco ou horizonte mais curto devem priorizar títulos com liquidez, como Tesouro Selic e ativos de Renda Fixa Digital com prazos mais curtos.
Por outro lado, quem busca retornos acima da inflação precisa assumir mais risco, investindo em ativos com vencimento mais longo e renda variável. Isso inclui ouro, moedas estrangeiras, ações de empresas no exterior e Bitcoin. As stablecoins, por sua vez, oferecem acesso fácil a moedas fortes e podem ser úteis para manter liquidez em dólares.
Aproveite para proteger seu patrimônio da inflação. Invista com segurança em ativos tokenizados e stablecoins no MB.