Blockchain Base: o que é e como funciona essa rede?
Apesar de ser um sucesso absoluto em valor de mercado e número de desenvolvedores, a rede Ethereum não consegue atender à demanda devido à sua capacidade de processamento limitada.
Para resolver esse problema, foram criadas soluções de segunda camada, incluindo a Base, que mantém a segurança do registro final no blockchain Ethereum, mas realiza a computação em camadas paralelas.
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O que é a rede Base?
Base é uma solução de segunda camada do Ethereum, projetada para melhorar a escalabilidade e a eficiência da rede. De maneira simples, uma segunda camada é uma tecnologia que funciona sobre a blockchain principal, ou “primeira camada”, ajudando a processar transações de forma mais rápida e barata.
A rede Base permite que transações sejam processadas fora da blockchain principal, reduzindo a carga de trabalho da rede Ethereum. Isso é feito ao agrupar várias transações em uma única, que depois é registrada na blockchain principal. Com isso, o Ethereum pode lidar indiretamente com mais transações por segundo, diminuindo taxas e tempos de espera.
O que é uma rede de segunda camada?
As soluções de segunda camada, ou “Layer 2”, são mecanismos projetados para melhorar a escalabilidade e a eficiência das blockchains. Elas funcionam como camadas adicionais dependentes da rede principal, permitindo o processamento de forma mais rápida e econômica.
As soluções de segunda camada adicionam funcionalidades às blockchains existentes sem a necessidade de alterações em seus códigos ou estrutura. Exemplos comuns de soluções de segunda camada incluem a Lightning Network do Bitcoin e as redes Optimism e Arbitrum para o Ethereum.
Essas soluções oferecem vantagens como taxas de transação mais baixas e menor tempo de confirmação, ideais para micropagamentos e rotinas que exigem maior capacidade de processamento, sem sobrecarregar a rede principal. Outra função muito explorada na segunda camada são as soluções de privacidade.
Qual a tecnologia usada no blockchain Base?
A tecnologia usada no blockchain Base se destaca por sua compatibilidade com a Ethereum Virtual Machine (EVM), permitindo que desenvolvedores criem contratos inteligentes e aplicações similares às já existentes na rede Ethereum. Base possibilita a agregação de transações, processando-as fora da blockchain principal, aumentando a eficiência e reduzindo custos.
Além disso, a Base oferece APIs que facilitam a integração com diversas plataformas, incluindo a exchange Coinbase, que já suporta transações e operações na Base. A interoperabilidade é outra característica importante, permitindo a comunicação entre diferentes blockchains e camadas, promovendo um ecossistema mais integrado.
Quando a Base foi lançada e como é mantida?
A Base foi lançada em agosto de 2023 pela equipe de desenvolvedores da empresa norte-americana Coinbase. O financiamento do projeto vem da própria exchange, que está comprometida em melhorar a escalabilidade do Ethereum. O desenvolvimento é realizado por uma equipe dedicada de engenheiros da Coinbase, que colaboram com a comunidade de desenvolvedores para garantir a qualidade e a segurança da plataforma.
Quanto ao roadmap, após o lançamento, os próximos passos incluem a implementação de funcionalidades avançadas de agregação de transações e melhorias na segurança. A Base também planeja expandir o suporte a mais aplicações e contratos inteligentes. Atualizações regulares são previstas para aprimorar a experiência do usuário e aumentar a capacidade da rede.
Como funciona a blockchain Base?
A Base é uma rede de segunda camada do tipo rollup, que utiliza a segurança da rede Ethereum para armazenar os dados, mas consegue processar transações de forma mais eficiente. Rollups agregam várias transações em um único lote que é registrado na blockchain principal, garantindo segurança e reduzindo custos.
Integração com Ethereum
Para utilizar a Base, os usuários transferem ativos da rede Ethereum para a Base através de contratos inteligentes. Estes depósitos são confirmados na Base, permitindo transações rápidas dentro da segunda camada. Quando desejam retirar seus ativos, os usuários iniciam uma transação de saída, que transfere os ativos de volta para a blockchain principal do Ethereum.
Ponte (bridge)
A ponte (bridge) bloqueia os ativos na Ethereum e cria uma representação equivalente na rede Base. O processo envolve três etapas principais: depósito, em que os ativos são bloqueados na Ethereum; emissão (mint), criando tokens equivalentes na Base; e retirada, quando os tokens na Base são “queimados” (destruídos) e os ativos originais são desbloqueados na rede Ethereum.
Processamento
A Base processa transações agregando-as fora da blockchain principal. Essas transações são agrupadas em lotes, permitindo um processamento mais eficiente e com menores custos. Esse método alivia a carga na rede Ethereum, resultando em uma experiência de usuário mais fluida, especialmente durante períodos de alta demanda.
Validação e registro
A validação e o registro das transações na Base são realizados por validadores dedicados. As transações agrupadas são validadas e registradas na blockchain principal do Ethereum em intervalos regulares. Os validadores na Base são definidos pela equipe de desenvolvimento e não requerem staking de ativos. A Base possui um explorador de blocos próprio, permitindo que os usuários monitorem transações, registros e atividades na rede.
Como funciona a segurança na rede Base?
A segurança da Base é garantida pela rede blockchain do Ethereum. A Base assegura a integridade das transações através de provas de fraude criadas por seus validadores, que verificam e agrupam as transações em um único lote. Esse lote é então submetido à blockchain principal do Ethereum. Se houver qualquer tentativa de fraude, qualquer usuário pode verificar as transações e enviar uma prova, que será checada na camada principal.
A segurança da Base está garantida pela própria rede Ethereum, que conta com milhares de validadores e um alto valor travado em staking para garantir a honestidade. Isso torna praticamente impossível que um grupo tome controle da rede. Além disso, a segurança das transações é reforçada por contratos inteligentes imutáveis na blockchain do Ethereum, garantindo que todas as transações sejam verificáveis e auditáveis.
Quais as vantagens de uso da rede Base?
A rede Base oferece várias vantagens significativas. Primeiramente, a eficiência é um destaque, permitindo transações mais rápidas e com custos reduzidos, ideal para aplicações como finanças descentralizadas (DeFi) e lançamentos de projetos envolvendo tokens não-fungíveis (NFTs). A escalabilidade é outro ponto forte, suportando um maior volume de transações e aliviando a carga na rede principal do Ethereum.
A integração com a exchange Coinbase é uma grande vantagem, facilitando a entrada e saída de ativos através de uma interface amigável e segura. Em comparação com a operação diretamente na camada principal do Ethereum, a rede Base é mais rápida, reduzindo o tempo de espera para confirmações de transações. Isso torna a Base uma escolha atraente para desenvolvedores e usuários que buscam uma experiência mais eficiente e acessível.
Principais aplicações da rede Base
Lideram o ranking as aplicações de finanças descentralizadas, especialmente as exchanges para trocas automatizadas entre diferentes ativos digitais. Dentre os destaques, encontram-se as exchanges descentralizadas Aerodrome e SushiSwap em sua versão na Base. Outras aplicações financeiras de sucesso na rede incluem Balancer e Moonwell, um protocolo para empréstimos descentralizados.
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