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Redação Redação
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Criptomoedas são ativos digitais registrados em um banco de dados distribuído chamado blockchain. No entanto, o que realmente destaca e governa essas redes são os protocolos de consenso.

Esses protocolos são conjuntos de regras específicas para cada rede, geridos de forma independente pelos seus usuários. Eles são essenciais para manter as funcionalidades e os limites de suas moedas nativas.

Aprenda agora o que são protocolos de consenso em blockchains e como eles garantem a política monetária e as regras de uso de suas criptomoedas.

O que é um protocolo de consenso?

Um protocolo de consenso é o conjunto de regras que todos os participantes (nós) de uma rede blockchain devem seguir para que a mesma funcione corretamente. Ele determina como novas moedas são criadas e como os registros são armazenados no blockchain.

Cada rede tem seu próprio protocolo de consenso, que pode variar conforme suas necessidades. Por exemplo, a rede Bitcoin usa a “Prova de Trabalho”, ou mineração, onde os participantes competem para resolver equações complexas e adicionar novos registros ao blockchain.

Em contrapartida, na rede Ethereum, os validadores devem travar criptomoedas ETH para participar do processo de registro. Esse sistema, conhecido como “Prova de Participação”, reduz o gasto de energia do processo, mas exige um grande número de validadores independentes.

O que são ‘nodes’, ou nós da rede?

Nós (nodes) são usuários comuns que executam o software da rede blockchain em seus computadores. Eles mantêm uma cópia atualizada do blockchain e validam as transações de forma independente. Quando um novo registro de dados é encaminhado, os nós trabalham para chegar a um consenso. Se todos concordarem, o registro é adicionado ao blockchain.

Executar um nó (node) permite que usuários comuns verifiquem as transações e saldos por conta própria, embora seja o validador que efetivamente inclui os registros no blockchain. Isso significa que, mesmo sem confiar nos validadores, os usuários podem verificar a validade das transações e saldos de forma independente. Na prática, os nós são essenciais para manter a blockchain segura e confiável.

Como funciona o protocolo de consenso?

O funcionamento do protocolo de consenso depende dos nós (nodes) manterem uma cópia atualizada do blockchain e validarem as transações seguindo as mesmas regras. Se alguém tentar fazer algo malicioso, como criar moedas adicionais ou gastar mais do que possui, seus registros serão rejeitados pelos outros participantes.

O problema dos generais bizantinos descreve a dificuldade de diferentes partes chegarem a um acordo quando algumas podem estar agindo de forma maliciosa ou com falhas. O protocolo de consenso resolve esse problema garantindo que todos os nós da rede concordem com o estado atual do blockchain, mesmo quando alguns nós estejam desconectados ou agindo de forma incorreta.

Qual a importância do consenso no blockchain?

O consenso é fundamental no blockchain porque garante que todos os participantes concordem com o estado atual do blockchain. Isso é especialmente importante em redes abertas, onde qualquer pessoa pode participar do processo de validação e inclusão de registros.

Os blocos do blockchain são sequenciais e contêm um código verificador (hash) que depende do bloco anterior. Isso cria uma cadeia que garante a integridade dos dados. Se alguém tentar alterar o registro histórico, o código verificador será afetado, criando falhas na verificação de todos os blocos subsequentes. Isso torna virtualmente impossível alterar os dados já registrados.

Exemplos de protocolos de consenso

Os mecanismos básicos de consenso envolvem a mineração da “Prova de Trabalho” ou o depósito da “Prova de Participação”. No entanto, existem variações dessas modalidades e outros mecanismos que podem incluir uma conexão com outro blockchain previamente existente. Abaixo, listamos os principais protocolos de consenso das criptomoedas.

“Prova de Trabalho” (Proof of work)

A “Prova de Trabalho” é o processo de mineração digital, uma competição para encontrar a resposta de um problema matemático complexo. Esse processo assegura que  novos blocos sejam criados conforme as regras determinadas. Por outro lado, qualquer interessado consegue verificar os registros de forma simples e quase sem custo através do código verificador (hash).

“Prova de Participação” (Proof of Stake)

Na “Prova de Participação”, os usuários depositam parte de suas moedas como garantia para participar do processo de validação. Existem variações desse mecanismo, mas todas envolvem o depósito de garantia para desincentivar fraudes. Em troca, os validadores recebem um incentivo econômico pelo serviço (staking), uma renda passiva paga no próprio ativo digital da rede. O gasto energético é extremamente baixo, pois os validadores são sorteados e somente um bloco é gerado em cada rodada.

“Prova de Histórico” (Proof of History)

A “Prova de Histórico” é uma versão otimizada do mecanismo de “Prova de Participação” que usa métodos de criptografia para comprovar que determinados eventos, como um registro no blockchain, ocorreram em momentos específicos. Os validadores criam um registro do estado de um banco de dados antes de participar na rede, que é utilizado como ponto de referência. Esse mecanismo, utilizado pela blockchain da Solana, permite a verificação eficiente e segura do registro histórico.

“Prova de Autoridade” (Proof of Authority)

O mecanismo de consenso “Prova de Autoridade” (PoA) funciona atribuindo autoridade a validadores confiáveis. Esses validadores, selecionados com base em critérios como identidade e reputação, são responsáveis por criar novos blocos e validar transações. As transações são confirmadas quando os validadores previamente aprovados confirmam sua identidade, verificam e adicionam blocos à blockchain.

“Prova de Capacidade” (Proof of Capacity)

No mecanismo “Prova de Capacidade”, o disco rígido local do usuário é usado para armazenar uma lista de possíveis soluções para a função executada durante a validação. Quanto maior o espaço disponível, maior a probabilidade de descobrir as soluções corretas e adicioná-las aos blocos. A desvantagem desse modelo é que um atacante pode alugar equipamentos na nuvem (cloud) para contornar as regras.

Qual o futuro do mecanismo de consenso nas criptomoedas?

O futuro dos mecanismos de consenso nas criptomoedas deve evoluir com a integração de soluções de segunda camada (layer 2) para melhorar a escalabilidade e a eficiência. Ao permitir transações e processamento em paralelo, essas soluções aliviam a carga do blockchain principal, facilitando transações rápidas e de baixo custo. Elas também permitem novas funcionalidades, incluindo soluções de privacidade e serviços de execução e registro de contratos inteligentes, sem alterar as regras de consenso da camada base.

No entanto, a computação quântica representa um perigo significativo, pois pode quebrar os algoritmos criptográficos atuais. Espera-se que a comunidade desenvolva algoritmos resistentes à computação quântica para garantir a segurança e a integridade das criptomoedas no futuro. O usuário deve lembrar que, em última instância, todo modelo de consenso depende da rede de usuários, que podem reverter transações e alterar o mecanismo de validação conforme necessário.

Ficou claro o que é um mecanismo de consenso e sua importância para as criptomoedas? Agora que você se tornou um expert no assunto, abra sua conta no MB e venha para a exchange líder em volume negociado no Brasil.

https://www.mb.com.br/economia-digital/tecnologia/protocolo-de-consenso/
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