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Redação Redação
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Conforme as criptomoedas evoluíram, os desenvolvedores perceberam que era possível lançar ativos digitais (tokens) aproveitando a segurança de blockchains já existentes. Isso tornou o processo mais simples e menos custoso.

A rede Ethereum foi a precursora desse movimento, que foi seguido por outros projetos, incluindo Bitcoin, Solana, XRP, Polygon, entre outros. Atualmente, mais de 95% das criptomoedas que conhecemos são ativos digitais (tokens).

Quer saber como funcionam os tokens, seus diferenciais e principais casos de uso? Continue a leitura!

O que é token?

Token, ou ativo digital, é um registro virtual que existe apenas no blockchain, o banco de dados das criptomoedas. Os tipos mais comuns de tokens são as moedas virtuais, mas sua utilidade se expandiu significativamente. Atualmente, a tecnologia é usada em finanças, jogos, metaverso, artes, logística, entre outras áreas.

  • Cada token possui uma identificação exclusiva, o que impede clonagem ou movimentação indevida.
  • Os tokens podem representar ativos tangíveis, como barras de ouro, imóveis, equipamentos, dinheiro físico, entre outros.
  • Alguns tokens representam ativos intangíveis, que não existem no meio físico, como direitos autorais, patentes e créditos de carbono.

Quando representam itens únicos e exclusivos, os tokens são chamados de não-fungíveis (NFTs), como obras de arte digital e imóveis. Nesse caso, não é possível substituir um NFT por outro similar ou fragmentá-lo em partes menores.

Para que serve um token?

Os ativos digitais, conhecidos como tokens, permitem a movimentação livre de valor e informações sem a necessidade de uma entidade central, promovendo autonomia e descentralização em diversas aplicações. Abaixo destacamos alguns de seus principais casos de uso.

Moeda virtual

Tokens podem funcionar como moedas digitais, facilitando transações rápidas e seguras entre usuários ao redor do mundo. Eles eliminam a necessidade de intermediários, como bancos, permitindo que valores sejam transferidos diretamente entre as partes com taxas menores e maior velocidade, especialmente em transações internacionais. Isso promove a inclusão financeira e a eficiência nas transferências de valor.

Autenticação digital

Tokens são usados para autenticação e verificação de identidade online, garantindo que apenas usuários autorizados acessem determinados serviços ou informações. Eles podem ser integrados a sistemas de login ou verificação em dois fatores, aumentando a segurança digital. Em blockchains, esses tokens podem validar a identidade sem a necessidade de compartilhar informações pessoais sensíveis.

Ficha de acesso

Tokens podem representar o direito de acesso a produtos ou serviços específicos. Funcionam como vouchers digitais que podem ser trocados ou revendidos, permitindo que empresas criem programas de fidelidade ou ofertas exclusivas. Esses tokens também podem ser usados em plataformas que oferecem conteúdo exclusivo, onde os usuários gastam tokens para acessar recursos premium.

Representação de ativos reais (RWA)

Tokens podem representar ativos reais, como imóveis, obras de arte ou commodities. Isso permite o fracionamento desses ativos, facilitando a negociação e a propriedade compartilhada. Investidores podem comprar e vender frações desses ativos com mais facilidade e transparência, aumentando a liquidez e o acesso a investimentos antes restritos a grandes capitais.

Votação e governança

Tokens são usados em sistemas de governança descentralizada, permitindo que os detentores votem em decisões importantes sobre o futuro de um projeto ou comunidade. Cada token pode representar um voto, e a votação é registrada no blockchain, garantindo transparência e imutabilidade. Esse modelo é utilizado em organizações autônomas descentralizadas (DAOs) para decisões coletivas.

Recompensas

Em aplicações baseadas em blockchain, os tokens são usados como recompensas para usuários que completam certas tarefas ou alcançam conquistas. Esses tokens podem ser trocados por outros ativos digitais, usados no próprio aplicativo descentralizado ou vendidos em mercados secundários. Essa integração de tokens cria uma economia digital que permite aos participantes monetizar suas atividades, inclusive através de stablecoins, que são ativos digitais pareados com ativos do mundo financeiro tradicional.

Token não-fungível (NFT)

NFTs são tokens únicos que representam a propriedade de um item digital específico, funcionando como um recibo de cartório virtual. Diferente dos demais tokens, eles não são intercambiáveis entre si, pois cada NFT possui características exclusivas. Isso permite que criadores e colecionadores autentiquem e comercializem ativos digitais de forma segura. NFTs revolucionaram o mercado de arte digital, e novas aplicações estão surgindo nas áreas de logística, direitos autorais, saúde, entre outras.

Como funciona um token?

Os tokens, ou ativos digitais, são registrados em blockchains já existentes, como Ethereum, Solana, Tron e Polygon utilizando contratos inteligentes (smart contracts). Dessa forma, aproveitam a segurança oferecida pelos validadores responsáveis pelo processamento e registro de dados da rede primária.

Essa tecnologia é totalmente transparente e rastreável, tornando quase impossível a censura ou reversão de transações. Outra vantagem do uso de blockchains públicos é que os próprios usuários podem verificar as transações e saldos de forma simples e sem custo.

No momento da emissão do token, são definidas a forma de distribuição, a quantidade máxima a ser emitida e as regras de funcionamento. No entanto, após o registro no blockchain, nem mesmo o emissor pode alterar esse mecanismo ou impedir sua utilização por qualquer pessoa ou grupo.

O que significa tokenizar?

Tokenizar é transformar um ativo em uma representação digital usando o banco de dados blockchain. Essa transformação, conhecida como tokenização, cria um ativo digital (token) que representa um determinado ativo, seja dinheiro, um direito ou uma propriedade.

Ao criar pequenas frações do ativo, torna-se possível negociá-lo de maneira prática, segura e mais democrática. O melhor de tudo? Qualquer ativo pode ser transformado em token, incluindo royalties de músicas, créditos de carbono, programas de fidelidade, obras de arte e até investimentos.

Com a tokenização, o proprietário dessa representação digital ganha uma forma segura e transparente de registro, funcionando como uma autenticação, uma espécie de “cartório digital”. Esse processo permite a divisão da propriedade em frações menores, tornando-a acessível a um público mais amplo.

Qual a vantagem da tokenização?

A seguir, listamos as principais vantagens da tokenização, ou seja, a transformação de um ativo em um registro digital usando o banco de dados blockchain. Essa tecnologia oferece uma série de benefícios que revolucionam a forma como lidamos com a propriedade e a transferência de valores.

Divisibilidade

A fração desses ativos permite a criação de várias unidades, o que amplia a possibilidade de atrair mais investidores para o projeto. Com essa flexibilidade, pequenos investidores podem participar de grandes empreendimentos, e a negociação de frações menores se torna mais fácil, aumentando a acessibilidade e a atratividade do ativo.

Transparência

Os detentores de tokens têm acesso a todas as informações registradas em blockchain. Na rede, é possível rastrear cada movimentação, garantindo total transparência e confiança nas transações. Cada transferência de token é registrada de forma clara e acessível a todos, o que aumenta a confiança dos investidores e assegura que todas as partes envolvidas tenham informações iguais.

Agilidade e eficiência

Os contratos programáveis digitais (smart contracts) automatizam a negociação de tokens, permitindo que tudo ocorra de forma contínua, reduzindo custos e acelerando processos. A automatização minimiza erros e simplifica a transação, tornando-a mais acessível em qualquer horário e local, sem intermediários, o que resulta em um processo mais rápido e econômico.

Autonomia

Tokens operam de forma autônoma, independentemente da empresa emissora. Seus detentores utilizam esses tokens em diferentes plataformas, incluindo corretoras para negociação. Essa autonomia garante que investidores tenham controle total sobre seus tokens, movimentando-os livremente em várias plataformas e criando um mercado mais dinâmico e flexível, onde o usuário decide como e quando usar seus ativos tokenizados.

Qual a diferença entre token e criptomoeda?

O ativo digital (token) depende de outro blockchain para existir, enquanto a criptomoeda possui sua própria rede de validadores e usuários rodando o software. De maneira simplificada, toda criptomoeda é um ativo digital (token), mas o inverso não é verdadeiro.

Por exemplo, a criptomoeda Ether (ETH), também conhecida como Ethereum, é a criptomoeda de sua própria rede blockchain. Em contrapartida, o Tether USD (USDT) é um ativo digital (token) registrado em diferentes redes, como na Ethereum.

De forma semelhante, o Bitcoin (BTC) é uma criptomoeda, pois seu funcionamento independe de outras redes blockchain. No entanto, para o usuário comum, a distinção entre token e criptomoeda é pequena, já que ambos funcionam como moeda virtual.

Como são criados os tokens?

Embora não exista uma regra única, a emissão de ativos tokenizados geralmente segue alguns passos, sendo um deles o registro efetivo em uma rede blockchain. Para que isso ocorra com segurança e respaldo jurídico, é necessária uma preparação e gestão cuidadosa, responsabilidade do emissor do token.

Abaixo você encontra as quatro fases distintas do processo de emissão de tokens.

  1. Estruturação: O ativo é analisado e validado por uma empresa tokenizadora; o processo começa com a elaboração de um contrato jurídico, que assegura a idoneidade do token e os direitos do detentor.
  2. Emissão: Contratos digitais programáveis (smart contracts) são registrados na rede blockchain escolhida, estabelecendo limites de emissão, taxas de envio, regras de uso, entre outros parâmetros.
  3. Distribuição: Divulgação e oferta pública dos tokens, permitindo que investidores adquiram os ativos.
  4. Governança: Inclui processos de controle, reivindicação de rendimentos e aproveitamento dos benefícios oferecidos pelos tokens aos seus detentores.

Qualquer pessoa ou empresa pode criar registros em blockchains públicas sem necessidade de autorização prévia. Por isso, a idoneidade do emissor é especialmente importante na tokenização. Apesar da segurança das redes de criptomoedas, a custódia e a garantia do ativo que originou este certificado no “cartório virtual” são questões cruciais.

Os tokens são realmente seguros?

Do ponto de vista tecnológico, investir em tokens é bastante seguro se o ativo for registrado em blockchains com incentivos para a validação honesta das transações. Em resumo, a criptografia e um grande número de validadores independentes garantem a segurança do sistema.

Como as regras de emissão de cada token são auditáveis, nenhuma entidade consegue reverter ou modificar registros. A tecnologia das criptomoedas permite que o próprio usuário armazene esse token em sua carteira digital, sem depender de terceiros para sua movimentação ou venda.

É impossível classificar tokens como um único perfil de risco, pois as características de cada emissor e de cada ativo subjacente variam. Portanto, é necessário analisar cada oferta individualmente, incluindo questões de liquidez, antes de determinar se ela se encaixa no perfil de risco do investidor.

Quais os tipos de tokens mais comuns?

Os ativos digitais (tokens) existem nas formas mais variadas, indo muito além das tradicionais criptomoedas. Acima de tudo, é um equívoco pensar que todos são arriscados ou imprevisíveis em termos de retorno. Dentre os tipos de tokens disponíveis, destacamos:

Tokens lastreados

Não caracterizam valores mobiliários, como ações de empresas e títulos negociados em bolsas públicas, e representam investimentos em ativos com valor intrínseco variável, conforme suas características e particularidades.

  • A empresa emissora é responsável por administrar o lastro e a garantia real.
  • Existe um mecanismo ou empresa que vincula o número de tokens emitidos às reservas, mantendo assim a paridade com o ativo subjacente.
  • Pode haver distribuição de proventos aos detentores, mas não há obrigação de fazê-lo.

Exemplos: PAX Gold (PAXG), atrelado ao ouro, e Token da Vila (MBSANTOS01), uma fatia digital dos direitos do clube do Santos através do mecanismo de solidariedade da FIFA.

Renda Fixa Digital

São ofertas de investimentos que diferem dos tradicionais valores mobiliários, fracionados e registrados em blockchain. Esses investimentos são compostos por ativos reais tradicionais, como consórcios de energia, precatórios e recebíveis, mas representados em tokens.

  • A Renda Fixa Digital do MB oferece previsibilidade, estabilidade e alta rentabilidade.
  • Essas são excelentes opções para diversificar carteiras de investimento, oferecendo baixo risco.
  • Em alguns casos, há remuneração parcial ao longo da vida do projeto; em outros, o retorno ocorre apenas na liquidação final do ativo.

Exemplo: Tokens de Consórcio — representam cotas de consórcios, incluindo de automóveis e imóveis. Através do processo de tokenização, essas cotas são transformadas em tokens digitais e disponibilizadas para um número maior de investidores.

Utility tokens, ou tokens de utilidade

Permite aos seus detentores a utilização de determinada plataforma, produto ou serviço, atuando como meio de acesso, uma porta de entrada para um ecossistema específico, inclusive jogos que utilizam blockchain.

  • Alguns tokens de utilidade também oferecem governança, dando aos detentores o direito de voto nas decisões dos projetos.
  • Nada impede que outras empresas e projetos passem a aceitar determinado token de utilidade.

Exemplos: Uniswap (UNI) da exchange descentralizada, e Decentraland (MANA), utility token de seu próprio metaverso.

Fan Tokens, os tokens dos clubes e ligas

Fan Token é uma classe especial de tokens de utilidade, associado a times de futebol, ligas ou equipes esportivas.

  • Oferece aos torcedores uma experiência única, permitindo, por exemplo, participar na escolha de camisas e em sorteios de itens autografados.
  • A empresa emissora firma uma parceria oficial com a liga ou equipe, que recebe parte do dinheiro da oferta de venda inicial desses tokens.

Exemplos: Fan Token Argentina (ARG), e Fan Token Flamengo (MENGO), ambas geridas pela Socios.com em parcerias oficiais com os clubes e ligas.

Tokens de pagamento

São moedas virtuais, também conhecidas como criptomoedas, que funcionam primordialmente como meio de pagamento, incluindo reserva de valor e transferências.

  • Embora o banco de dados blockchain possa ser usado para outras funções, o foco principal é a moeda própria dessa rede.
  • Sua cotação é determinada pela livre oferta e demanda, e o mercado gradualmente passa a aceitar pagamentos nessa moeda digital.

Exemplos dedicados: Bitcoin (BTC) e Litecoin (LTC); permitem comprar e vender sem intermédio de instituições como os bancos.

Tokens de valores mobiliários

São instrumentos de dívida, garantias, ações e títulos de empresas emitidos por governos e empresas, representando valores mobiliários tradicionais e, portanto, vinculados às leis e normas que regem o mercado financeiro.

  • Ao integrar os mercados tradicionais com as finanças descentralizadas (DeFi), oferecem liquidação instantânea, divisibilidade e maior transparência.
  • Permitem que qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, acesse frações de produtos financeiros sem a necessidade de uma conta bancária.

Exemplo: Neufund  — plataforma que permite a qualquer pessoa investir em negócios ao redor do mundo. Facilita a criação de planos de participação acionária para funcionários de empresas, ressignificando as relações e redistribuindo os recursos gerados.

Token não-fungível (NFT)

NFT, ou token não-fungível, é um ativo digital exclusivo, ou seja, que não pode ser substituído por outro similar sem perda de valor.

  • Pode conter um arquivo, link, imagem digitalizada ou texto — seu valor está na rastreabilidade.
  • Salvar esse arquivo, texto ou imagem em seu computador não retira valor do item original, que permanece seguro no blockchain.

Exemplo: a arte digital Doodle #3535 possui características únicas, como cores, acessórios e expressões, além de um registro único e identificável “0x8a90CAb…38B8992e”.

Tokens são legais no Brasil?

Sim, ativos digitais (tokens) são perfeitamente legais no Brasil, permitindo que pessoas e empresas invistam com total segurança. Esses ativos são reconhecidos pela Receita Federal para fins de tributação e declaração, e pela Justiça brasileira sob a ótica de bens e direitos.

Aprovado em dezembro de 2022, o marco regulatório, ou “Lei do Bitcoin”, foi resultado de anos de debates legislativos sobre o tema, visando a proteção ao consumidor, a segurança da informação e o combate a fraudes financeiras. Além disso, a medida exclui programas de fidelidade e milhagem da definição de ativos digitais.

Ficou claro o benefício da tecnologia e a grande variedade de ativos digitais (tokens)? Comece a investir hoje mesmo: crie sua conta na exchange que mais inova no Brasil, o MB.

https://www.mb.com.br/economia-digital/token/o-que-e-token/
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