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Solana - SOL
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MANA (Decentraland) - MANA
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Redação Redação
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Contratos inteligentes (smart contracts) são a base das aplicações executadas diretamente no blockchain das criptomoedas.

Essa inovação está revolucionando áreas de investimentos, registro de dados, apostas, identificação digital, redes sociais e muitas outras.

Aprenda agora o que são smart contracts, como funcionam e quais são suas vantagens.

O que são smart contracts?

Os smart contracts são contratos digitais programáveis, ou seja, linhas de código de um software.

Exemplo de smart contract escrito em Solidity

  • Sua principal característica é a execução de forma distribuída, sem possibilidade de intervenção ou censura.
  • São códigos armazenados de maneira pública e transparente no banco de dados blockchain.
  • Funcionam com regras predefinidas, processando informações de entrada para executar ações automaticamente.
  • É incorreto afirmar que existe inteligência nesses contratos, pois o código apenas segue instruções previamente determinadas.

Cabe ao próprio usuário verificar os códigos antes de enviar seus ativos digitais para o smart contract. É essencial ter extrema cautela antes de aprovar transações, pois elas são irreversíveis.

Para que servem os smart contracts?

Os smart contracts automatizam a execução das regras e cláusulas contratuais, permitindo que as partes acompanhem todo o processo. O principal diferencial é eliminar o poder concentrado nas mãos de poucas entidades, sejam elas governos, bancos ou provedores de serviço.

  • Eliminam o controle central em todas as frentes, incluindo a execução das rotinas e o armazenamento (custódia) de valores.
  • Permitem formalizar acordos digitais, garantindo a execução confiável dos termos, sem possibilidade de intervenção por terceiros.
  • Podem ser integrados com soluções do “mundo real” por meio de agentes validadores (oráculos), inclusive na área de logística.

Na prática, os smart contracts são a base das aplicações descentralizadas, os serviços de intermediação de ativos digitais usados para diversas finalidades, especialmente no universo das finanças (DeFi).

Qual a relação dos smart contracts com o blockchain?

A execução dos smart contracts é feita pela rede de computadores que valida as transações de determinado blockchain, ou seja, sem depender de empresas de tecnologia ou datacenters próprios. Esse sistema permite a validação em tempo real, quase sem custo para qualquer usuário.

  • A revolução dos smart contracts veio com o lançamento do Ethereum, em 2015, capaz de executar códigos de programação complexos.
  • O Ethereum introduziu uma camada de banco de dados adicional e uma linguagem de programação própria, chamada Solidity.
  • A segurança do sistema é garantida pela transparência dos registros e pelo uso de pares de chaves criptografadas para autorizar transações.
  • Com o tempo, surgiram blockchains compatíveis com aplicativos da Ethereum e soluções completamente diferentes, como a Solana.

Em resumo, o smart contract só faz sentido em blockchains públicos; caso contrário, torna-se apenas uma rotina comum executada em servidores, onde o administrador do sistema decide quais transações são válidas.

Por que os smart contracts dependem do blockchain?

Os smart contracts dependem do blockchain porque sua execução segura e autônoma exige uma base tecnológica confiável, transparente e resistente a manipulações externas.

  • O blockchain atua como um registro inviolável, onde cada transação é permanentemente gravada, impedindo alterações ou exclusões.
  • Os dados são armazenados em sequência cronológica, garantindo total rastreabilidade e impossibilitando modificações.
  • Qualquer pessoa pode verificar as informações sem precisar de permissão, reforçando a transparência e a confiança no sistema.
  • O simples fato de existir um blockchain não garante segurança, pois ela depende de um grande número de validadores independentes.

Como o smart contract é executado?

Os smart contracts são transformados em código simplificado para execução na camada de aplicação dos computadores que suportam a rede blockchain. No caso do Ethereum, essa máquina virtual é executada por todos os participantes da rede de forma simultânea.

  • Cada usuário (node) executa o código de maneira independente, calculando o mesmo resultado para garantir segurança e confiança.
  • Em geral, os validadores recebem uma taxa (gas) paga para cobrir o custo computacional.
  • Como todos têm o mesmo código, não há possibilidade de alteração ou fraude, pois a rede só aceita consensos unânimes.

O mecanismo de execução dos smart contracts varia conforme a rede blockchain, mas o essencial é que seu funcionamento seja independente da vontade de qualquer grupo.

Quais blockchains lideram em smart contracts?

A rede Ethereum mantém sua liderança incontestável ao inovar e estabelecer padrões na indústria, incluindo a máquina de execução virtual (EVM). No entanto, apesar de dominar em valores depositados e número de desenvolvedores, outras redes blockchains vêm ganhando tração.


Ethereum

A liderança da Ethereum é reforçada pelos US$ 100 bilhões depositados em seus smart contracts e pelas mais de 600 aplicações descentralizadas com atividade relevante nessa rede.

  • Cada aplicação da Ethereum contribui para o fortalecimento da criptomoeda ETH, gerando um efeito de rede muito favorável.
  • A rede possui mais de US$ 160 bilhões em ETH bloqueados em staking, o que garante a segurança das operações.
  • Com dez anos de operação sem incidentes, a Ethereum se provou um sistema robusto, inclusive para aplicações institucionais.
  • Redes de segunda camada, com suas próprias regras e validadores, oferecem maior capacidade de processamento.

Solana

Solana é uma plataforma de smart contracts que rivaliza diretamente com a Ethereum e se destaca por sua rede de validadores de alta capacidade, o que impulsiona sua eficiência operacional.

  • As taxas de transação na Solana são pagas na criptomoeda nativa SOL e chegam a ser até 20 vezes menores que as da Ethereum.
  • Conta com uma ampla variedade de aplicações descentralizadas, incluindo o segmento de finanças descentralizadas (DeFi).
  • Oferece aplicações otimizadas para dispositivos móveis e experiência integrada com os aplicativos de carteira (wallet).
  • Possui quase US$ 100 bilhões em staking para participar do processo de validação das transações.

Tron

Tron é um blockchain voltado para transações rápidas e de baixo custo, com destaque para aplicações descentralizadas. Seu ecossistema conecta desenvolvedores e usuários em um ambiente escalável, permitindo transferências quase instantâneas e acessíveis.

  • Sua facilidade de uso levou a rede à vice-liderança no segmento de stablecoins, as criptomoedas pareadas.
  • Conquistou uma fatia relevante do mercado de empréstimos colateralizados e depósitos remunerados (yield).
  • A criptomoeda TRX é usada para o pagamento de taxas na rede e como depósito de garantia dos validadores no processo de staking.
  • Apesar de não ser totalmente compatível com aplicações da Ethereum, a Tron oferece soluções práticas de integração.

Base

A Base é uma solução de segunda camada do Ethereum, projetada para melhorar a escalabilidade e a eficiência da rede. Essa camada funciona sobre a blockchain principal, ajudando a processar transações de forma mais rápida e barata.

  • Oferece transações instantâneas ao processar dados fora da blockchain principal do Ethereum.
  • Agrupa várias transações, que depois são registradas no blockchain da Ethereum, reduzindo custos.
  • Disponibiliza APIs que facilitam a integração com diversas plataformas, incluindo a exchange Coinbase, que apoia a rede Base.
  • Permite a comunicação entre diferentes blockchains e camadas, promovendo um ecossistema mais integrado.

Hyperliquid

Hyperliquid Chain é a blockchain que suporta a exchange descentralizada (DEX) Hyperliquid. O aplicativo oferece negociação de contratos perpétuos sintéticos com alto desempenho e sem custos de processamento, criando um diferencial competitivo para a rede.

  • Ao controlar toda a infraestrutura da Hyperliquid Chain, o protocolo proporciona uma experiência de uso mais simples e integrada.
  • A Hyperliquid gerou mais de US$ 85 milhões em receita em setembro de 2025, principalmente com taxas de negociação e liquidação.
  • A rede conta com mais de US$ 2 bilhões depositados em seus smart contracts, evidenciando sua crescente adoção.
  • O projeto registrou mais de 40 mil contas ativas por dia, em média, em setembro de 2025, um crescimento superior a 50% em três meses.

Como funcionam os smart contracts?

Os códigos dos smart contracts determinam as regras, obrigações e penalidades entre as partes envolvidas no acordo, emulando as funções de um contrato tradicional. Quando os parâmetros previamente definidos são atendidos, o contrato é executado automaticamente.

  • Duas pessoas decidem negociar um ativo digital colecionável único, conhecido como token não fungível (NFT).
  • Ambos assinam uma transação delegando ao smart contract o poder de movimentar seus ativos digitais.
  • Os usuários que executam o software da rede (nodes) validam as transações e as registram no blockchain.
  • Quando o smart contract identifica os parâmetros definidos, a própria rede realiza a troca entre os ativos digitais.

Dessa forma, ocorre a transferência automática do NFT e o pagamento do comprador, tudo de forma transparente e sem possibilidade de censura ou intervenção.

Aplicações práticas dos smart contracts

Os smart contracts possibilitaram a criação dos aplicativos descentralizados (dApps), que permitem transações e interações sem a necessidade de conta bancária ou processos tradicionais de identificação. Essa abordagem descentralizada e baseada em blockchain impulsionou uma ampla variedade de aplicações práticas.

Ativos digitais (tokens)

Os smart contracts facilitam a emissão de novas criptomoedas com seus próprios ecossistemas, podendo inclusive oferecer acesso exclusivo a produtos e serviços. Por exemplo, um token de utilidade pode ser usado para votar em decisões sobre taxas e mudanças em determinada plataforma.

Empréstimos colateralizados

Os smart contracts desempenham um papel essencial nas plataformas de empréstimos colateralizados. Nesse modelo, os usuários podem obter empréstimos utilizando outros ativos como garantia. O sistema assegura que as condições do empréstimo sejam cumpridas, reduzindo sensivelmente o risco.

Centrais de negociação

Os smart contracts permitem a troca de ativos digitais de forma segura e transparente, sem a necessidade de uma autoridade central. Com o tempo, surgiram modelos de negociação baseados em cooperativas (pools) de depósito, dispensando o acordo direto entre compradores e vendedores sobre o preço.

Seguros e ativos sintéticos

No setor de seguros, os smart contracts possibilitam a automatização de reivindicações e pagamentos, tornando o processo mais ágil e eficiente. Eles também permitem a criação de ativos sintéticos, que replicam o valor de ativos do mundo real no ambiente digital, facilitando o investimento e a especulação.

Cripto-games

Os jogos baseados em blockchain, ou cripto-games, são outra aplicação inovadora. Eles permitem a criação de itens de jogo únicos, como avatares, roupas e equipamentos, que podem ser negociados como NFTs. Isso adiciona uma camada de valor e propriedade real aos itens virtuais.

Como usar um smart contract, na prática?

Para utilizar um smart contract, é preciso interagir com aplicativos descentralizados. Para isso, é necessário possuir uma carteira (wallet) de criptomoedas.

Confira o passo a passo:

  1. Escolha o aplicativo descentralizado que deseja usar. No exemplo abaixo, utilizamos a Uniswap, uma exchange descentralizada (DEX).
  2. Transfira uma quantidade suficiente da moeda nativa da rede para sua carteira. Esse valor será necessário para pagar as taxas de transação.
  3. Acesse o site https://app.uniswap.org e clique em “conectar” no canto superior direito.
  1. Após confirmar a conexão em seu aplicativo de carteira digital, você estará pronto para utilizar a DEX Uniswap.

A Uniswap pode ser usada nas redes Ethereum, Arbitrum, Base, Unichain e Polygon, entre outras.

Quais os riscos dos smart contracts?

Cabe aos usuários verificar se há brechas, falhas ou possíveis manipulações externas capazes de gerar prejuízos aos participantes. De modo geral, os principais riscos e problemas dos contratos inteligentes incluem:

  • Falhas no desenvolvimento do projeto ou no código-fonte.
  • Congestionamento na rede, atrasando o envio de ordens.
  • Sequência de blocos invalidados na blockchain.
  • Atraso ou falha na comunicação com oráculos de dados externos.

Mesmo com empresas especializadas em auditoria, a interação entre diferentes sistemas e o próprio mecanismo de validação de transações de cada blockchain apresentam vetores de risco que dificilmente podem ser prevenidos de forma totalmente eficaz.

Onde verificar um código de smart contract?

Os smart contracts utilizam o blockchain para registrar dados. Para verificá-los, basta acessar o explorador de blocos (explorer) da rede correspondente. Abaixo, segue o exemplo de como verificar o código de um smart contract na rede Polygon:

  1. Acesse o Polygon Scan: https://polygonscan.com/
  2. Digite o endereço do contrato a ser verificado e clique no ícone da lupa, à direita.

No exemplo, utilizamos o token do metaverso The Sandbox (SAND), no endereço 0xBbba073C31bF03b8ACf7c28EF0738DeCF3695683.

  1. Pronto! Você poderá visualizar todas as informações contidas no smart contract diretamente no explorador de blocos.

Código do smart contract principal de The Sandbox. Fonte: Polygonscan.

Como criar um smart contract sem programar?

É possível criar aplicações com smart contracts sem saber programar, utilizando plataformas como Sablier e Streamflow. A seguir, veja um exemplo de bloqueio temporário (timelock) de 30 dias de um endereço na rede Ethereum.

Tela de exemplo do aplicativo Sablier.

  1. Acesse app.sablier.com, conecte sua wallet MetaMask à rede mainnet Ethereum e prepare ETH suficiente para cobrir as taxas de gas.
  2. No contrato do token ERC-20, execute a função “approve” para permitir que o LockupDynamic do Sablier utilize a quantidade desejada de tokens.
  3. Na interface, selecione timelock, insira o endereço do destinatário, o valor total de tokens, defina início imediato e término exatamente 30 dias depois.
  4. Após o período, o destinatário poderá retirar todos os tokens acessando app.sablier.com ou interagindo com o contrato do stream NFT via Etherscan.

Como os smart contracts podem ser usados nos negócios?

Engana-se quem acredita que os smart contracts só executam tarefas no mundo digital. Por meio dos oráculos, é possível enviar e receber dados externos, permitindo integração com processos do mundo físico.

  • Logística: sensores coletam dados do produto e, via oráculos, registram essas informações em blocos imutáveis da blockchain. A rede de validadores autentica cada transação, evitando fraudes e alterações.
  • Saúde: receitas médicas digitais recebem assinatura eletrônica do médico salva no blockchain. As farmácias verificam a autenticidade via token, prevenindo cópias ou falsificações e aumentando a segurança.
  • Indústria: dispositivos enviam dados de produção para oráculos registrados na blockchain. Smart contracts executam processos automaticamente após a validação, garantindo transparência.
  • Uso eleitoral: cada voto é criptografado e registrado como bloco imutável. Uma rede distribuída valida os dados, ajudando a prevenir fraudes e assegurando total transparência no processo eleitoral.

A tecnologia blockchain possibilita novas formas de interação por meio dos smart contracts. No entanto, qualquer conexão com o mundo real depende da confiabilidade dos oráculos e de seus respectivos sistemas de validação.

https://www.mb.com.br/economia-digital/tecnologia/smart-contracts/
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