O MB no Web Summit Rio 23

O Web Summit é o maior evento de tecnologia do mundo, contando com diversos talks, entrevistas e diálogos sobre os temas que estão na vanguarda do setor. Desta vez, o evento aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, no começo do mês, trazendo uma visibilidade importante para o país. Diversas personalidades – internacionais e nacionais – de relevo estiveram presentes, oferecendo uma ampla gama de visões que podem ditar os rumos do setor para o futuro. E, como inovação é um dos pilares do Mercado Bitcoin, não poderíamos deixar de estar lá para conferir todas as novidades! Por isso, trazemos abaixo 3 relatos diferentes sobre o evento para você conferir. Boa fruição!

1. Flávia Bitencourt é gerente de RH no Mercado Bitcoin.

O Web Summit Rio 23, um dos eventos mais aguardados no cenário da tecnologia e inovação, encerrou-se recentemente com um destaque especial: a significativa participação das mulheres. Com 40% do público composto de mulheres e 37% dos painelistas também, o evento demonstrou um avanço notável na inclusão e NA representatividade de gênero no setor.

A presença marcante das mulheres no Web Summit Rio 23 é um reflexo do crescente empoderamento feminino no campo da tecnologia e inovação. O evento – em parceria com a Women in Tech – proporcionou ingresso com 75% de desconto para as mulheres e um espaço exclusivo para que elas compartilhassem suas ideias, experiências e perspectivas, o que fez com que pudessem contribuir de forma significativa para a diversidade e a criação de soluções inovadoras.

Tudo isso revela uma mudança positiva na participação feminina nesse setor, que é historicamente dominado por homens. A presença feminina não só fortalece a representatividade como, também, traz novas perspectivas, ideias e abordagens, enriquecendo o ambiente de discussão e impulsionando a criatividade e a colaboração.

Além disso, a porcentagem de painelistas mulheres demonstra uma evolução gradual, porém constante, em termos de equidade de gênero em eventos desse porte. Essa representação mais equilibrada permite que as mulheres compartilhem suas histórias de sucesso e inspirem outras mulheres a seguir carreiras no campo da tecnologia e inovação, além de incentivar a diversidade de pensamento e promover um ambiente mais inclusivo e igualitário.
O Web Summit Rio 23 também incluiu palestras, workshops e painéis específicos voltados a questões relevantes para as mulheres no setor de tecnologia. Essas sessões abordaram tópicos como liderança feminina, empreendedorismo, igualdade de oportunidades e desafios enfrentados pelas mulheres na área. Ao trazer essas discussões para o centro do evento, o Web Summit Rio 23 reforçou seu compromisso de promover a diversidade e estimular o progresso em direção a um setor mais inclusivo.

O painel de abertura contou com a jornalista Maju Coutinho e a cofundadora do Black Lives Matter (“Vidas Negras Importam”), Ayo Tometi, que defende que a “tecnologia precisa ser diversa” e que é preciso fazer com que as ferramentas tecnológicas trabalhem a favor das
causas inclusivas.

O evento ainda contou com Chelsea Manning, ex-analista de inteligência do exército norte-americano e consultora da Nym, empresa de tecnologia voltada à infraestrutura de segurança. 

Também estiveram presentes Meredith Whittaker, ex-Google e presidente da organização sem fins lucrativos Signal Foundation, e Isadora Kimura, fundadora e CEO da Nilo Saúde, que falou sobre a importância da abordagem da digitalização na área da saúde.

“Uma das principais pautas do Web Summit foi a importância de se desenvolver tecnologias de inteligência artificial mais éticas e inclusivas, que levem em conta as diversas perspectivas e necessidades das pessoas. Foram discutidas questões relacionadas à igualdade de gênero e à representatividade de minorias no setor. Houve, também, painéis e workshops dedicados a promover a inclusão de grupos sub-representados, como mulheres, pessoas LGBTQIA+ e pessoas com deficiência. Foi um ótimo começo de discussão sobre o tema – agora, a lição de casa fica para os participantes: a de seguir fomentando o tema com discussões em suas realidades”, aponta Raíssa Florence, cofundadora da Korú, edtech de educação corporativa e empregabilidade em tecnologia com foco em diversidade e inclusão. 

A participação notável das mulheres no Web Summit Rio 23 é um marco importante no caminho rumo a um setor mais equitativo e diversificado. O evento demonstrou a crescente influência e presença feminina nesse campo. Ao criar um ambiente inclusivo e oferecer uma plataforma para compartilhar ideias e experiências, o Web Summit Rio 23 abriu caminho para o avanço das mulheres, inspirando e encorajando outras a seguir carreiras nessa área promissora. A participação das mulheres não só enriquece a indústria como, também, impulsiona a inovação e a criação de soluções tecnológicas que atendam às necessidades e os interesses de todos.

2. Rony Szuster é analista de research do Mercado Bitcoin

Cobrimos na última semana, dos dias 01 a 04/05, um dos maiores eventos tech do Brasil, o Rio Web Summit, naturalmente sediado na cidade do Rio de Janeiro.

Apesar dos problemas de organização com o local do evento, filas e outras questões, é possível afirmar que o evento foi um sucesso, pois a presença das cerca de 20 mil pessoas, entre entusiastas e grandes empresários do setor, tornou o Riocentro um polo admirável de conhecimento e de oportunidades de networking durante os quatro dias.

Meu foco maior foi cobrir as partes relacionadas a cripto, naturalmente, sobre o qual podemos destacar o dia 03 de maio, no qual aconteceram diversas palestras e painéis relacionados ao segmento, como visto abaixo:

Foi discutido muito sobre regulação, o papel que o Brasil se encaixa dentro dessa questão e, principalmente, as consequências das recentes ações do regulador americano, principalmente a SEC, na figura do seu presidente, Gary Gensler.

Vale destacar também o painel que contou com o CEO do Mercado Bitcoin, Reinaldo Rabelo, que abordou a estratégia de expansão da exchange para Portugal e, possivelmente, para o México, bem como as estratégias de tokenização e os produtos daí decorrentes.

Outro palestrante em destaque foi Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex, que discutiu com o CEO da Coinext, José Arthur Ribeiro, e a representante da Global Blockchain Business Council, Sandra Ro, também sobre o assunto de regulação de ativos digitais.

Alguns outros entrevistados e presenças valiosas foram: Tim Draper, fundador da DFJ, Yat Siu, da Animoca Brands, Thiago Cesar, da Transfero, e Gabriel Vasquez, da a16z. Vale checar no website do evento as principais palestras desses convidados.

3. Saori Honorato é repórter do Portal do Bitcoin. É técnica em Tecnologia da Informação e jornalista formada pela Universidade Estadual da Ponta Grossa. Já escreveu para portais brasileiros especializados em criptomoedas como o BeInCrypto.

As conversas sobre como tornar a blockchain mais popular no mundo e as melhores formas de construir utilidade sobre essa tecnologia seguem firmes, como ficou claro em vários talks que aconteceram no Web Summit Rio. Yat Siu, criador da Animoca Brands, um produtora de jogos NFT e venture capital que já investiu em mais de 400 empresas do espaço cripto, mostrou, durante sua passagem no evento, as formas como os empreendedores podem potencializar seus negócios com a blockchain a fim de se prepararem para a nova fase da internet, a Web3, que terá como base a tecnologia das criptomoedas e seu ideal de descentralização.

Indo para além do mundo corporativo, Yat Siu também deu exemplos de como a blockchain pode mudar a realidade de pessoas, como o projeto TinyTap, que permite que professores ao redor do mundo distribuam conteúdo educacional e sejam recompensados por isso.

Ainda, fica o destaque para o papel da Web3 como futuro da internet, a análise de Tim Draper, que espera que o Bitcoin alcance a marca de U$S 250 mil – em um período de um ano a partir de agora – e uma conversa com o secretário de desenvolvimento econômico, inovação e simplificação do Rio de Janeiro, Chico Bulhões, que falou ao Portal do Bitcoin sobre os planos de tornar a Cidade Maravilhosa o “hub nacional das criptomoedas”.

Sobre esses 3 temas, você pode acompanhar mais detalhadamente, nos respectivos links abaixo:

https://portaldobitcoin.uol.com.br/web3-e-o-futuro-da-internet-diz-criador-da-animoca-brands-no-web-summit-rio/
https://portaldobitcoin.uol.com.br/no-brasil-tim-draper-reforca-aposta-que-bitcoin-vai-bater-us-250-mil-mas-admite-pode-levar-um-ano/
https://portaldobitcoin.uol.com.br/secretario-do-rio-diz-que-prefeitura-ja-fez-sua-parte-p[…]das-para-pagar-iptu-agora-esta-na-mao-do-setor-privado/

4. Claudio Rabin é diretor do Portal do Bitcoin

As criptomoedas em destaque na Web Summit

Talvez o principal destaque da Web Summit e o tema incontornável de todas as rodas de conversa tenha sido a inteligência artificial. Porém, as criptomoedas tiveram um grande destaque na programação — seja nos palcos principais ou em palcos paralelos. 

Foi divertido também acompanhar as conversas e ter um pouquinho de protagonismo na mediação de alguns painéis. Em particular, ter sido escalado para entrevistar, na terça-feira (02), o famoso Tom Draper, a primeira pessoa a comprar bitcoin do governo dos Estados Unidos (só 30 mil BTCs) – foi um grande prazer. 

Espirituoso, ele me disse nos bastidores: “Ask me anything”. Generoso, quando eu o chamei de “baleia” – gíria para os grandes detentores de bitcoin do mercado –, ele colocou as mãos sobre a barriga, para a risada de todos.

No dia seguinte, eu tinha mais uma mediação, com foco no metaverso. Na sala, à espera da conversa, uma moça da produção do evento bate no meu ombro e diz: “A mediadora do próximo sumiu. Você poderia entrar no lugar dela?”

Entre nervoso e assustado, respondi: “Eu?”. Ela assentiu e me contou quem estaria no palco: Reinaldo Rabelo, o CEO do MB. 

Fiquei mais tranquilo e respondi: “Acho até que conheço esse cara”. Acho que nunca tinha entrevistado o Reinaldo desde que o Portal do Bitcoin passou a fazer parte da empresa na metade de 2021. No palco, a conversa foi tranquila: conversamos sobre a expansão do MB para Portugal, questões regulatórias e diferenças culturais entre os dois países. 

Saímos e, depois de alguns minutos, voltei para mediar o painel para o qual eu estava escalado. O som estava ruim e eu não conseguia entender o que as pessoas estavam falando. Acho que não foi tão bom. 

Mas o que foi bom e comentei com a minha colega Saori Honorato, também presente no evento, foi ouvir da comunidade cripto o carinho e o respeito pelo Portal do Bitcoin. Cada comentário, cada elogio, cada “ó, você é do Portal!” representou um indício de que seguimos no caminho certo: o de levar a melhor informação possível para o leitor interessado em criptomoedas.

Até a próxima!