Lucas Lopes assume Mercado Bitcoin no Brasil: metas de R$400 Bi até 2030

Em um cenário que o novo presidente da operação Brasil do Mercado Bitcoin (MB), Lucas Lopes, identifica como um terreno fértil para crescimento, com o país ocupando a quinta posição global em adoção de ativos digitais, movimentos estratégicos ganham um peso ainda maior.

Quando a maior plataforma de ativos digitais da América Latina, já classificada entre as 20 maiores corretoras cripto do mundo, reestrutura sua liderança, o mercado toma nota. A nomeação de Lopes para a recém-criada presidência brasileira marca o início de uma nova fase focada na expansão do acesso ao universo de criptomoedas e na integração entre investimentos, serviços bancários e pagamentos.

Para investidores e observadores do mercado, a questão central é: o que essa nova era de ambição e escala significa para o futuro dos investimentos digitais no país?

A nova estrutura de liderança

Mudanças na alta gestão raramente são casuais, elas sinalizam uma recalibragem da visão corporativa. A nova estrutura do MB divide a atuação em duas frentes globais: a operação Brasil, liderada por Lucas Lopes, e a operação Europa, comandada por Reinaldo Rabelo em Portugal. Ambos reportam ao Chairman executivo, Roberto Dagnoni, consolidando a ambição de se tornar um player global em infraestrutura blockchain.

Essa reorganização não se limita à presidência. O MB anunciou recentemente outros reforços estratégicos importantes. A criação da área de Wealth Management, o MB Ultra, voltada a clientes de alta renda, é liderada pelo banker Felipe Whitaker.

Simultaneamente, a contratação de Giresse Contini como Diretor de Marketing, Growth e Canais Digitais fortalece o posicionamento da marca. Juntos, esses movimentos indicam uma estratégia completa: conquistar o varejo em massa e, ao mesmo tempo, oferecer sofisticação ao segmento de alta renda.

Conforme destaca Roberto Dagnoni, a expertise de Lopes é crucial para este momento: “A chegada do Lucas representa um reforço estratégico ao time de liderança do MB. Ele reúne experiências bem-sucedidas em escalar negócios, track record em crédito e cobrança, além de modelagem de produtos voltados a grandes audiências.” 

Metas para 2030: a ambição por trás dos números

As metas divulgadas pelo Mercado Bitcoin para 2030 são uma declaração pública de sua intenção de liderar a expansão do varejo digital no Brasil. Ao definir objetivos tão audaciosos, a empresa sinaliza que pretende transformar os ativos digitais de um investimento de nicho em uma ferramenta financeira do dia a dia.

As duas metas principais estabelecidas para o final da década são:

• Volume transacionado: atingir a marca de R$400 bilhões.
• Base de clientes: expandir de 4 milhões para 25 milhões de clientes, um crescimento superior a seis vezes em cinco anos.

Esses números representam um pivô estratégico claro. A meta de 25 milhões de clientes posiciona o MB como um concorrente direto de grandes fintechs. Para atingir essa escala, o foco estará na eficiência operacional e na oferta de produtos acessíveis e digitais.

Nas palavras do próprio Lucas Lopes, “Escala com qualidade é o motor dessa nova fase”. Essa afirmação resume a estratégia: construir uma ponte sólida entre o sistema financeiro tradicional e a nova economia digital.

O perfil do novo líder: experiência e estratégia

Para decifrar a direção futura de uma empresa, é fundamental analisar o histórico de sua nova liderança. A trajetória de Lucas Lopes oferece um roteiro claro de como o MB planeja executar suas metas.

Antes de ingressar no MB, Lopes teve uma passagem de destaque na Serasa Experian. Ali, liderou equipes de produto e tecnologia, conduzindo o crescimento de produtos de crédito que partiram do zero para uma receita de US$100 milhões em cinco anos. Posteriormente, liderou a área de varejo da Experian no Reino Unido.

Essa experiência em “modelagem de produtos voltados a grandes audiências”  é exatamente o que o MB busca para tornar as criptomoedas mais simples e seguras para novos usuários. A visão do novo presidente da operação brasileira é centrada no cliente: “Queremos acelerar a nossa jornada digital, ampliando o uso de tecnologia e dados para criar experiências excepcionais para os nossos usuários. É um novo jeito de operar que começa dentro de casa.” 

A nomeação de Lucas Lopes e as metas agressivas para 2030 marcam um ponto de inflexão para o Mercado Bitcoin. A empresa deixa claro que o futuro dos investimentos digitais deve ser “simples, seguro e acessível para todos”. Para o investidor, isso sinaliza a evolução para uma plataforma mais robusta, onde a fronteira entre banco digital e corretora de criptoativos deixará de existir.

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