IPO: veja o que é, quais os tipos e saiba como investir!

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A estreia de uma empresa na Bolsa de Valores costuma despertar curiosidade e interesse dos investidores. Trata-se do IPO, a abertura de capital e início de negociação das ações.

Quem pensa em investir nessa modalidade precisa, primeiramente, avaliar se o objetivo é de longo prazo ou apenas uma oportunidade de lucros imediatos.

A análise de risco de um IPO não é uma tarefa fácil, especialmente quando a empresa está em crescimento ou possui pouco histórico. Não há como garantir que as ações vão valorizar nos primeiros dias ou semanas.

Além disso, nem toda abertura de capital é igual, pois as ações podem ser emitidas para engordar o capital da empresa ou apenas um grupo de sócios querendo se desfazer da posição.

Parece complexo? Não se desespere. O Mercado Bitcoin, a maior exchange de criptoativos da América Latina, tira suas dúvidas sobre o mercado de ofertas de ações.

Como funciona o IPO?

IPO em inglês significa “Initial Public Offer”, ou “oferta pública inicial” em português. É o evento em que marca a entrada de uma empresa na Bolsa de Valores. A partir do IPO torna-se uma companhia de capital aberto com papéis negociados no mercado.

Geralmente, no Brasil, o IPO é restrito a empresas grandes e bem estabelecidas, por conta dos custos envolvidos no processo. As operações de abertura de capital costumam envolver centenas de milhões de reais.

Desta forma, os investidores passam a ser sócios da empresa. O preço final do IPO é definido por um processo conhecido como bookbuilding, ou formação de livro de ofertas.

Nesse sentido, as ofertas de compra dos interessados são encaminhadas através das corretoras. O preço final é o mesmo para todos os participantes do IPO.

Qual a diferença entre oferta primária e secundária?

A oferta pública primária consiste em novas ações vendidas diretamente ao público, aumentando a base acionária. Os recursos obtidos vão para o caixa da empresa, que aumenta o capital social. Este aumento, normalmente, é usado para a expansão dos negócios através de novos investimentos.

No caso da oferta secundária, são vendidas ações já existentes, portanto não há aumento de capital social. As ações em oferta pertencem a um acionista relevante ou sócios da empresa. Portanto, quem recebe o dinheiro da venda são os acionistas vendedores, e não a empresa.

Cabe lembrar que podem ocorrer ofertas mistas, ou seja, parte primária, e parte secundária. No entanto, tudo deve estar bem detalhado no prospecto.

Este outro artigo mostra como os ativos alternativos podem oferecer retornos interessantes, porém com um perfil de risco diferente de ações.

Qual o benefício para as empresas?

Emitir ações é uma das maneiras que as empresas têm para captar recursos. Este capital financia os investimentos necessários para que a empresa cresça e prospere, que pode incluir internacionalização das operações, ou até mesmo quitar dívidas.

A abertura do capital também representa uma maneira das empresas fornecerem liquidez a seus empreendedores ou sócios. Isso aumenta o valor de mercado da mesma, e consequentemente reduz custos de captação e facilita operações bancárias.

Por último, temos o ganho de credibilidade, pois a listagem exige um grau de governança corporativa mais elevado. Além disso, passa a ter mais projeção e reconhecimento público, além do acompanhamento por investidores e analistas.

O que buscam os investidores do IPO?

Alguns investidores buscam uma chance de se tornarem sócios de uma empresa, e com isso e crescer no longo prazo. No entanto, como muitas vezes não há um histórico longo de informações, fica difícil avaliar os cenários em períodos econômicos distintos.

Investir no IPO antes das ações chegarem ao mercado pode significar uma compra por um valor menor do que no primeiro pregão. Enquanto isso, alguns investidores pensam no curtíssimo prazo. Desse modo, pretendem participar do IPO para em seguida se desfazer das ações, no mesmo dia do início da negociação.

Em mercados aquecidos, é comum que as ações subam no primeiro dia de negociação. Isso acontece quando há uma forte demanda durante o processo de abertura de capital. Quanto mais interessados em participar da oferta, maior é a tendência de alta no início de negociação.

Onde investir em caso de risco? O Mercado Bitcoin ensina você a diversificar investimentos em períodos de crise.

Como se investe num IPO?

Em primeiro lugar, faça uma análise breve da empresa, incluindo potencial de crescimento, competição, e saúde financeira. Este é o passo inicial e o mais importante, portanto não confie cegamente na recomendação de um influenciador ou analista.

Em seguida, é necessário ter uma conta aberta e validada em uma corretora de valores devidamente regulada e autorizada pela CVM. Se você está de olho em um IPO específico, verifique quais as corretoras envolvidas na oferta.

Uma vez que sua conta está validada e ativa, é necessário fazer um pedido de reserva na oferta pública. Verifique a documentação necessária, e informe o montante que deseja investir, de acordo com a faixa de preço estabelecida.

Lembre-se: uma vez feita a reserva, não é possível desistir. Além disso, é preciso fazer um depósito para garantir sua participação no IPO.

Como é definido o preço do IPO?

A precificação das ações é feita após a avaliação da demanda, que pode optar por reduzir ou elevar a faixa de preço sugerida. Em seguida, usualmente no dia útil seguinte, é feito um rateio, e a corretora informa a quantidade exata que cada cliente adquiriu.

Após o processo do IPO, a oferta inicial, as ações passam a ser negociadas no pregão da Bolsa de Valores. Neste momento as cotações podem variar livremente, como qualquer outra empresa previamente listada.

Em suma, a oferta inicial de ações é uma forma da empresa capitalizar, além de incentivar a indústria de capital de risco, que investe em empresas em estágio de crescimento, antes da listagem em bolsa.

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