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Ethereum - ETH
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Redação Redação
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Aviso: as informações deste artigo podem estar desatualizadas. Recomendamos verificar a data de publicação.

Começar a investir em criptomoedas pode parecer assustador. São tantos termos novos e diferentes que é normal se sentir acuado. Isso pode até fazer alguns desistirem desse mercado devido à dificuldade de entender a terminologia.

Para ajudar você a iniciar com mais tranquilidade e se ambientar com as expressões utilizadas no universo das criptomoedas, o Mercado Bitcoin preparou um glossário prático, explicado de forma simples e direta. Acompanhe!

Airdrop

Distribuição gratuita de ativos digitais para um grupo específico de usuários, visando incentivar a adoção e promover um novo projeto. Tipicamente, moedas são enviadas para usuários que utilizam determinado aplicativo descentralizado (DApp) ou já possuem outros ativos relacionados. Os airdrops costumam ser realizados através de contratos programáveis (smart contracts), e têm como objetivo criar uma comunidade engajada.

Altcoin

Qualquer criptomoeda diferente do Bitcoin, como Ethereum, Solana, USDC, Shiba, Uniswap, entre outras. Do inglês “alternative”, significa apenas que esse ativo digital se inspirou na tecnologia do Bitcoin, a maior e mais antiga criptomoeda. Mesmo que determinado ativo digital não tente competir no segmento de dinheiro programável, ainda assim é definido como altcoin.

All-time high (ATH)

“All Time High”, o maior valor histórico alcançado por um ativo. Quando alguém diz que a ATH do Bitcoin foi de R$ 379 mil, isso significa que esta é a cotação mais alta que o Bitcoin já atingiu quando medido em reais brasileiros. Cabe ressaltar que a máxima histórica não impede a criptomoeda de continuar em alta no próprio dia ou nas semanas seguintes. Em suma, não funciona como um teto.

ASICs

ASIC são máquinas  especializadas criadas exclusivamente para a mineração de criptomoedas. Esses equipamentos consomem muita energia, aumentando a produtividade dos mineradores. Cada algoritmo de criptografia exige um maquinário específico. Portanto, um ASIC utilizado na mineração de Bitcoin (SHA-256) dificilmente é vantajoso para minerar Dogecoin (Scrypt).

Baleia

Termo utilizado para definir grandes investidores. Podem ser pessoas físicas, fundos de investimento, ou até mesmo bancos e governos. Baleias são investidores com grande quantidade de criptomoedas. A transparência dos registros no banco de dados compartilhado das criptomoedas permite rastrear os endereços na rede com grande número de depósitos, ou seja, as baleias.

Bear / bearish

“Bear market” define mercados de queda, quando o sentimento em relação à tendência de um ativo ou classe está negativo. Mesmo que ocorram altas temporárias, é possível que o sentimento “bearish”, ou seja, pessimista, permaneça ao analisar um período mais longo. O oposto do “bear market” é o “bull market”, que indica um mercado de alta.

Blockchain 

Blockchain é uma “corrente de blocos”, um banco de dados distribuído que permite registros sem depender de um agente centralizado. Esse sistema é governado pelos próprios usuários, e cada participante da rede é responsável por verificar as transações. Permite funcionamento sem possibilidade de censura e dificulta a alteração de dados.

Bitcoin (BTC) 

Bitcoin é a primeira criptomoeda, criada em 2009, que deu origem à tecnologia de banco de dados distribuído blockchain. Essa rede é formada por milhares de usuários rodando o software do Bitcoin de forma independente para validar transações e armazenar o registro histórico. A moeda nativa dessa rede é conhecida como Bitcoin, mas pode ser fracionada em pequenas unidades, denominadas satoshis.

Bitcoin Cash (BCH)

Criptomoeda resultante da divisão (fork) em 2017 do Bitcoin (BTC), criando uma espécie de “bonificação” para os detentores. Esse evento culminou em uma nova rede, totalmente independente, usando suas próprias regras para a validação e registro de transações. O projeto optou por aumentar a capacidade de processamento, aumentando o limite de transações em cada bloco.

Bridge

“Pontes” que conectam duas ou mais blockchains, permitindo que os usuários realizem transações e compartilhem dados entre redes distintas. Desse modo, um aplicativo descentralizado pode habilitar seus usuários a usar ativos digitais sintéticos de outra rede blockchain para participar de jogos ou serviços.

Bull / bullish

“Bull market” define mercados em tendência de alta, um movimento que pode durar desde poucas horas até alguns anos. Portanto, quando um investidor enxerga um sentimento positivo, afirmamos que o mercado está “bullish”. Durante esses períodos, notícias e eventos negativos têm pouco ou nenhum impacto no preço. Seu oposto é o “bear market”.

Burn

Processo de destruir permanentemente uma quantidade específica de criptomoedas para reduzir a oferta circulante. Um exemplo prático é quando projetos queimam moedas detidas em sua tesouraria ou destroem parte do estoque originalmente destinado à distribuição programada. Cabe ressaltar que a redução da oferta circulante não garante aumento de demanda ou valorização do ativo.

Carteira digital (wallet)

Mecanismo para armazenar as “chaves privadas” utilizadas para realizar transações e enviar e receber criptomoedas no blockchain. Conhecida como wallet, pode existir no formato físico ou 100% digital, através de programas e apps. Para aumentar a segurança, é possível utilizar carteiras multi-assinatura (multisig), exigindo autorização de mais de um usuário para mover os fundos.

Central Bank Digital Currency (CBDC)

Dinheiro fiduciário no formato de ativo digital (token) emitido por governos e bancos centrais. Mesmo quando há uso do blockchain, este sistema requer autorização de um coordenador, pois o emissor possui total liberdade para mudar regras de emissão, congelar e reverter transações e até mesmo banir determinados endereços. Em resumo, CBDC não é criptomoeda.

Chave privada 

Chave criptográfica que determina a posse de uma carteira. Funciona de forma análoga a uma senha, que não deve ser compartilhada em hipótese alguma. Enquanto a chave privada é equivalente à senha de banco, a chave pública pode ser divulgada como um endereço para receber depósitos. A carteira (wallet) armazena essas chaves de forma segura, embora seja responsabilidade do usuário seguir as regras básicas de proteção digital.

Chave pública

Gerada a partir da chave privada, é responsável pelos endereços no blockchain da carteira (wallet). Uma única chave privada pode gerar diversas chaves públicas. No entanto, sem a chave privada correspondente, ninguém é capaz de realizar movimentações na carteira. Essa segurança é garantida pela criptografia assimétrica. 

Cold wallet 

Carteira (wallet) “fria” que não está conectada à internet, mas é capaz de armazenar as chaves dos respectivos endereços no blockchain. Pode existir em formato de dispositivo digital ou físico podendo ser até mesmo uma chapa de alumínio com a chave-mestra (seed) anotada em texto ou QR Code. O ponto crucial da “carteira fria” é a sua maior segurança, devido ao fato de não estar conectada diretamente à internet.

Coinjoin / mixer

Protocolo descentralizado que mistura as moedas de diferentes usuários para melhorar a privacidade. Também conhecido como mixer, esse mecanismo tenta ofuscar a origem da moeda e a identidade de seu dono ao coordenar transações de múltiplas entidades de forma agrupada. Embora ajude a eliminar rastros no blockchain, não oferece garantia de privacidade.

Criptografia

Técnica baseada em matemática para proteger dados e impedir que pessoas não autorizadas tenham acesso a informações privadas. O algoritmo SHA-256 é o padrão da indústria, utilizado por governos, bancos e sistemas de armazenamento na nuvem. O termo criptomoeda é derivado da união das palavras criptografia e moeda digital.

Criptoativo (token)

Ao contrário das criptomoedas, um criptoativo (token) não possui blockchain próprio. São conhecidos como ativos digitais e são protegidos pela criptografia e registro em banco de dados de alguma criptomoeda previamente existente. Pode ser utilizado para a representação digital de um ativo real, como parte de um imóvel ou participação em determinada sociedade.

Criptomoeda

Quando um ativo digital possui seu próprio banco de dados blockchain e rede de usuários executando o software de validação de transações, ele é conhecido como criptomoeda. Embora possa ter diversas funcionalidades, a criptomoeda é o ativo digital nativo de seu próprio ecossistema, sendo utilizada para pagamento de taxas de validação e registro de transações.

Custódia

Ação de guardar, assegurando que um ativo está protegido. A custódia pode ser feita tanto por empresas quanto por pessoas. No caso de ativos digitais, o detentor das chaves privadas é considerado o custodiante dos saldos em cada endereço. A boa administração de chaves privadas dos endereços eletrônicos exige investimento em tecnologia e protocolos de segurança com redundância para evitar riscos.

DAO

Organização autônoma descentralizada (DAO) é uma sociedade virtual sem liderança central. Funciona sem necessidade de confiança, sendo liderada pela própria comunidade. As regras de gestão são registradas em contratos inteligentes (smart contracts), funcionando sem depender de intermediários. Geralmente, os detentores de tokens da DAO podem votar nas decisões que regem a governança, e qualquer participante pode sugerir mudanças.

dApps

dApps são aplicativos descentralizados com registro e execução no banco de dados blockchain. Todo o sistema é executado de forma automática, sem possibilidade de intervenção humana. Para acessar estes serviços, é necessário conectar seu navegador de internet a uma carteira digital (wallet). O código desses dApps pode ser analisado livremente e o resultado de suas operações é público, tornando o sistema auditável e transparente.

Defi, finanças descentralizadas

“Decentralized Finance”, ou finanças descentralizadas, são um conjunto de aplicações e contratos inteligentes (smart contracts) que permitem casos de uso financeiros com ativos digitais usando o blockchain. Esses aplicativos oferecem uma alternativa ao sistema tradicional de pagamentos, empréstimos, seguros e apostas, sem risco de censura, necessidade de intermediários ou uso de contas bancárias.

DEX, exchange descentralizada

Categorias de aplicativos descentralizados que permite a troca de ativos digitais, sem necessidade de um “livro de ordens” tradicional. A principal diferença para uma corretora tradicional é a ausência da entrada e saída de moeda fiduciária, os dólares, reais, e euros. Em contrapartida, o sistema oferece transparência através de contratos inteligentes (smart contracts).

Ethereum (ETH)

Ethereum (ETH) é a segunda maior criptomoeda, criada em meados de 2015. Ao contrário do Bitcoin, o Ethereum optou por uma camada adicional ao banco de dados blockchain, focada no registro de ativos digitais e execução de contratos programáveis (smart contracts). Essa rede de código aberto é a líder absoluta em volume de transações e valor total depositado, além de definir padrões de execução de contrato e ativos digitais.

Exchange 

Exchanges são corretoras de ativos digitais que atuam na intermediação de transações entre usuários. Na prática, uma exchange apenas agrega interessados na compra e venda, sem influenciar o preço negociado. Sua principal função é garantir que ambos os lados recebam o acordado. No Brasil, esta atividade é regulada pelo Banco Central após a aprovação da “Lei do Bitcoin” no final de 2022.

FOMO

“Fear of missing out”, ou medo de ficar de fora. Termo utilizado para descrever o sentimento de ganância que prevalece quando um ativo apresenta uma forte tendência de alta. Nesse momento, investidores passam a dar menos importância aos critérios de avaliação e tendem a acreditar que o grande fluxo de entrada é suficiente para manter a valorização, independentemente do preço alcançado.

Fork

Indica uma divisão no registro histórico, criando uma nova criptomoeda. Deste modo, passam a existir duas blockchains simultâneas e independentes, embora todos os saldos e movimentações dos endereços no blockchain até o momento do fork sejam idênticos em ambas as criptomoedas. Um exemplo de fork foi a cisão entre Ethereum (ETH) e Ethereum Classic (ETC) em 2016.

FUD

“Fear, uncertainty and doubt”, ou medo, incerteza e dúvida. Termo usado para definir o estado causado por um noticiário excessivamente negativo, independentemente de ser baseado em fatos ou rumores. Esse sentimento pode ocorrer tanto em mercados de alta quanto em períodos de queda e geralmente causa pânico entre os investidores, que optam por reduzir posições independentemente do potencial de valorização do ativo.

Gas fees

Taxa cobrada quando uma transação é registrada em uma blockchain pelos mineradores. O processamento de dados, mesmo que solicitado por contratos inteligentes (smart contracts), também incorre no pagamento das taxas, seja em seu registro final no blockchain ou na intermediação através de aplicativos descentralizados. Esse pagamento é obrigatoriamente feito na moeda nativa da respectiva rede.

Hot wallet 

Carteira de ativos digitais “quente”, ou seja, conectada à internet. Permite um envio mais rápido por não precisar de dispositivos adicionais. São consideradas menos seguras que as “frias” (cold wallets) devido à facilidade de invasão e hacks, especialmente quando o atacante consegue acesso ao sistema utilizando práticas de engenharia social, como o phishing.

Halving

Evento que reduz pela metade a recompensa dos mineradores pelos blocos encontrados. No Bitcoin, o halving ocorre a cada 210.000 blocos, totalizando 4 anos em média. Esse mecanismo serve para reduzir a inflação, criando incentivos para a adoção do ativo. O halving cria uma política monetária previsível, garantida por todos os usuários da rede que executam o software (nós).

Hard Fork

Alteração no protocolo que cria uma incompatibilidade com as versões anteriores. Usuários que não atualizarem seu software (nós) passam a recusar as transações posteriores a esta divisão (fork). Essa divisão pode ocorrer de forma programada, quando há um consenso, ou de maneira inesperada, em caso de falhas ou grupos dissidentes que desejam seguir por outro caminho e criar sua própria rede e criptomoeda.

Hash

Valor de saída de uma função de hash (ex. SHA-256), um número hexadecimal formatado  em determinado padrão. Esse mecanismo transforma qualquer entrada de dados, seja um arquivo texto, imagem ou som, criando um código (hash). Qualquer usuário consegue verificar se o hash está dentro do padrão desejado e corresponde ao arquivo original.

Hash rate

Taxa de processamento, ou seja, a força computacional dos mineradores para encontrar a solução (hash) conforme regras estipuladas pela rede. Essa medida é uma estimativa calculada a partir do tempo médio com que os blocos surgem, e seu padrão de medida é o número de tentativas por segundo. Ao final de junho de 2024, a rede Bitcoin apresentava um hash rate de 558,6 milhões de terahashes por segundo.

HOLD (ou HODL)

Abreviação de “buy and hold”, uma estratégia que se resume a acumular o ativo e não vendê-lo, típica de investidores de longo prazo. Ao invés de tentar prever altas e baixas, o investidor seleciona ativos com alto potencial de valorização para acumular sempre que possível.

ICO

“Oferta inicial de criptomoedas” é a venda de determinado ativo digital ao grande público. Esse processo pode ocorrer sem um agente intermediador, oferecendo uma forma simples para projetos captarem recursos. ICOs são notoriamente arriscados, seja pela dificuldade em medir a demanda ou pela necessidade de confiança na equipe desenvolvedora. Em contrapartida, essas ofertas trazem grandes oportunidades de lucro justamente em função da incerteza.

KYC

“Know Your Customer”, que em português significa “conheça o seu cliente”. No Brasil, os intermediários, incluindo as corretoras de ativos digitais (exchanges), são obrigados a coletar dados mínimos do cliente, incluindo CPF, nome completo e data de nascimento. Dependendo do volume movimentado, pode ser necessário solicitar comprovação de identificação para dificultar fraudes e lavagem de dinheiro.

Layer-2, ou segunda camada

Tecnologias desenvolvidas para melhorar a escalabilidade de determinado blockchain, aumentando a capacidade de processar transações com um custo significativamente menor. Essas soluções funcionam de forma paralela, mas contam com o registro final no blockchain original para garantir segurança. Exemplos incluem as redes Optimism e Blast da Ethereum, além da Lightning Network do Bitcoin.

Lightning Network

Sistema descentralizado de micropagamentos em Bitcoin que roda em uma camada secundária dessa rede. Esse modelo exige a abertura de canais de entrada e saída, que pagam taxas normais na rede principal, mas uma vez dentro da camada secundária (layer-2), as transações são instantâneas e quase sem taxas.

“Livro de ofertas”

Fila de interessados na compra e venda de determinado ativo digital, organizada por preço. No caso dos ativos digitais, cada corretora (exchange) é responsável por organizar seus mercados de forma independente. O preço negociado entre os usuários não sofre intervenção da corretora, cujo trabalho é apenas agregar interessados na negociação e assegurar que ambos recebam o combinado.

Mempool 

Abreviação de “Memory Pool”, o conjunto de transações que ainda não foram confirmadas em um blockchain. Toda transação é direcionada para o mempool, aguardando a inclusão nos blocos pelos agentes responsáveis. Transações com taxa mais alta tendem a ser confirmadas de forma prioritária, embora isso não seja uma regra obrigatória.

Multisig

Modelos de endereço eletrônico no blockchain que exigem mais de uma assinatura para envios. Algumas redes oferecem este serviço de forma nativa, independentemente da carteira digital (wallet), tornando o sistema mais robusto e seguro. Endereços multisig podem envolver mais de um dispositivo e até mecanismos mais complexos, exigindo a aprovação de 3 de um total de 5 assinaturas digitais (private keys).

Moeda fiduciária (fiat)

Moeda fiduciária é o dinheiro emitido por governos e bancos centrais, um título não conversível ou garantido (lastreado). O valor de cada moeda é baseado na confiança que as pessoas têm no emissor do título, seja em função do curso forçado em determinada região ou obrigatoriedade de pagamento de taxas e impostos nesse valor fiduciário. Além do dinheiro e saldos bancários, fazem parte da moeda fiduciária os depósitos a prazo, tipo CDB.

Mineração / Minerar

Processo de adicionar registros de transações no registro público do blockchain. Os mineradores competem para encontrar a resposta do algoritmo (código) de segurança, assegurando a entrada sequencial de dados. Em troca desse trabalho, o minerador vencedor recebe um pagamento na criptomoeda nativa da rede. Se os mineradores não seguirem as regras da rede, seus blocos são invalidados e seu trabalho desperdiçado.

NFT

“Not Fungible Token”, ou token não-fungível. Padrão de ativo digital criado para registrar no blockchain objetos com qualidades únicas, como o registro de um imóvel ou obra de arte digital. Mesmo que seu conteúdo seja copiado ou produzido em série, cada item possui uma identificação única no banco de dados, que permite identificar o endereço eletrônico de seu emissor. Em resumo, NFT é um item digital único e rastreável no blockchain.

Node (nó da rede)

Computadores e dispositivos capazes de verificar todo o histórico de negociação de determinado blockchain. Ao executar o software de cada projeto e se conectar aos demais usuários, é possível verificar saldos e validar transações por conta própria, sem depender de terceiros. Outra vantagem de executar seu próprio node (nó) é assegurar que as regras de uso da respectiva rede estão sendo seguidas pelos validadores.

Oráculo

Serviço que fornece dados externos aos contratos inteligentes (smart contracts). Funciona como uma ponte entre o mundo real e o blockchain, permitindo que aplicações e usuários acessem informações vitais, como preços de mercado, resultados esportivos ou dados climáticos. Em troca de seus serviços, os fornecedores de dados confiáveis são compensados com pagamentos em ativos digitais.

P2P

Transações de compra e venda de ativos digitais entre duas pessoas, sem um intermediário. Nesta modalidade de negociação, não existe um processo formal para garantir a origem dos recursos nem uma entidade responsável por assegurar que ambas as partes recebam o acordado. Diferentemente das corretoras de criptomoedas, no P2P não existe um “livro de ofertas” agregando interessados na negociação de determinado ativo.

Proof of Work (PoW)

“Prova de Trabalho” é o processo de mineração digital que envolve a competição para resolver um problema matemático complexo. Este processo garante que a informação foi criada seguindo uma especificação desejada, possibilitando a inclusão de registros no blockchain sem a coordenação de uma entidade central, promovendo transparência e autonomia para os usuários.

Proof of Stake (PoS)

No modelo de “Prova de Participação”, os usuários depositam parte de suas moedas como garantia para participar da validação de transações, assegurando sua honestidade. A cada rodada, é realizado um sorteio entre os depositantes, que devem responder ao chamado para validar os registros. Em troca, recebem pagamento pelo serviço, uma renda passiva conhecida como “staking“, paga no próprio ativo digital da rede.

Protocolo de consenso

Também conhecido como mecanismo de consenso, é um conjunto de regras que os participantes de uma rede blockchain precisam seguir para participar como validadores da rede. Por exemplo, as regras para inclusão de novos blocos são definidas no protocolo de consenso. 

Pool (liquidity pool)

Piscinas de liquidez (liquidity pools) são conjuntos de criptomoedas geridos por aplicativos descentralizados. Os usuários são incentivados a depositar nos pools com a promessa de obter rendimentos, seja provendo liquidez para trocas entre diferentes ativos digitais, para empréstimos colateralizados ou para estratégias de staking. Os provedores de liquidez recebem parte do retorno dessa cooperação, mas também compartilham os riscos.

“Pump and dump“

A técnica de “inflar e descartar” é uma estratégia ilegal de manipulação de preços que consiste em elevar artificialmente um ativo por meio de operações falsas, tipicamente envolvendo partes do mesmo grupo econômico. Após atingir o patamar desejado, os atacantes aguardam a entrada de ofertas de compras dos participantes do mercado para vender os ativos por um preço mais elevado.

Satoshi Nakamoto 

Pseudônimo da pessoa ou grupo que criou o Bitcoin no final de 2008 e atuou no desenvolvimento do código inicial. Embora tenha participado diretamente na manutenção e desenvolvimento da rede, inclusive na mineração da criptomoeda, essa entidade desapareceu em 2011, permitindo que a rede se mantivesse descentralizada.

Satoshis

Os “centavos” da criptomoeda bitcoin. Cada bitcoin é formado por 100 milhões de satoshis (ou sats).

Shitcoin

Expressão pejorativa usada para descrever criptomoedas sem fundamentos ou perspectiva de valorização. Não é uma classificação oficial e raramente algum projeto se autodenomina como uma shitcoin.

Smart contracts 

Contratos digitais programáveis registrados no blockchain e executados automaticamente, seguindo regras pré-estabelecidas. Os smart contracts são a base dos aplicativos descentralizados, isto é, rotinas e programas disponíveis para execução no blockchain. Essa tecnologia ganhou notoriedade e adesão do público com o lançamento da rede Ethereum em 2015.

Soft Fork

Mudança em algum aspecto do blockchain que é  compatível com as versões anteriores. A rede continua funcionando mesmo para quem não atualizou o software dos seus nodes (nós). Por outro lado, o “hard fork” é uma mudança que divide o histórico e impede a compatibilidade retroativa.

Stablecoin

Criptomoeda que busca estabilidade atrelada a um ativo tradicional, como o dólar ou o ouro. Embora sua cotação seja livre, a conversibilidade com o ativo de referência tende a estabilizar seu valor no mercado. Existem modelos de stablecoins com lastro real, isto é, valores depositados em bancos e custódias, enquanto outros projetos utilizam balanceamento de cestas de ativos digitais por meio de contratos programáveis (smart contracts).

Stake / staking

Stake é o depósito de garantia dos validadores nas redes que trabalham com a “Prova de Participação”, ou seja, quando existe um sorteio para a seleção de validadores. Staking é a remuneração do processo, paga na criptomoeda nativa da rede. Na prática, o staking funciona como uma renda fixa, pois a maioria dos projetos permite delegar seu depósito para um terceiro, responsável pela efetiva validação de transações.

Token (criptoativo)

É um bem digital que só existe no blockchain, os bancos de dados públicos das criptomoedas. Cada token possui uma identificação exclusiva, tornando impossível uma falsificação. Pode ser utilizado para representar um ativo real, como ouro, imóveis, depósitos bancários, ou mesmo ativos intangíveis, como recebíveis financeiros e direitos autorais.

Tokenomics

Estudo da política monetária dos ativos digitais de determinado projeto. Envolve a análise de fatores como emissão, distribuição, oferta total, utilidade e mecanismos de incentivo. Tokenomics determina como os ativos digitais (tokens) são criados, distribuídos e utilizados, influenciando a valorização e sustentabilidade do projeto. Este estudo possibilita analisar a curva de oferta e potencial de demanda de cada projeto.

Whitepaper

Documento técnico que descreve as características, o funcionamento e diferenciais de determinado ativo digital. Esse estudo usualmente é lançado antes da efetiva distribuição das moedas, mas pode ser atualizado conforme o projeto avança nos diferentes estágios de desenvolvimento. O whitepaper do Bitcoin, por exemplo, foi publicado em outubro de 2008, portanto dois meses antes do lançamento da rede.

Yield

Taxa de retorno, usualmente medida em período anualizado. Nas criptomoedas, o yield funciona como o juros das aplicações tradicionais, pago periodicamente ao depositante pelas plataformas e aplicações descentralizadas. Esse rendimento pode representar uma recompensa por participar do processo de validação de transações (staking) ou piscinas de liquidez (pools) em aplicações financeiras descentralizadas.

Yield Farm

“Cultivo de rendimento” é uma estratégia para buscar lucros através de depósitos em aplicações de finanças descentralizadas (DeFi). O usuário empresta suas criptomoedas para uma piscina (pool) de uma plataforma específica e, em troca, recebe parte dos ganhos. Cabe notar que o yield farming envolve riscos, incluindo a possibilidade de prejuízo aos depositantes.

https://www.mb.com.br/economia-digital/criptomoedas/dicionario-cripto/
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