Conheça Tron (TRX), suas vantagens, riscos e potencial de alta

Conforme cresceu a demanda por aplicações usando blockchain, os usuários se depararam com taxas de uso elevadas e redes congestionadas. Tron (TRX) ganhou destaque ao aumentar a capacidade do sistema e reduzir os custos, oferecendo uma alternativa mais eficiente e econômica. 

A plataforma Tron trouxe escalabilidade e a velocidade das transações, porém cedeu em questões de descentralização. Explore agora o que é Tron (TRX), como funciona, e quais são as principais vantagens e aplicações deste sistema inovador no universo das criptomoedas.

O que é Tron (TRX)?

Tron (TRX) é a criptomoeda nativa da rede Tron, uma adaptação do Ethereum, o primeiro blockchain a trabalhar com uma camada adicional para o registro de ativos digitais e operações descentralizadas. A rede Tron é reconhecida por sua eficiência e rapidez, mantendo uma estrutura que permite a execução de contratos inteligentes (smart contracts).

Para atingir altas taxas de processamento, Tron opera com uma certa centralização, usando um sistema de Super Representantes, responsáveis pela validação das transações. Apesar desse revés, Tron oferece um ambiente de código aberto, encorajando desenvolvedores a interagir e construir sobre a plataforma, visando uma rede robusta e acessível para todos.

Quais as vantagens do blockchain Tron?

As vantagens da rede Tron em comparação ao Ethereum e Bitcoin são notáveis, especialmente em termos de eficiência econômica. Um dos benefícios é a sua compatibilidade com a líder de mercado Ethereum, permitindo uma integração mais fácil e ampla com outras redes blockchain.

Tron se destaca por ter um fundo robusto para sustentar e financiar o desenvolvimento contínuo da rede. Após levantar cerca de U$ 70 milhões em sua oferta inicial de moedas (ICO) e vendas privadas de tokens, o projeto conta com recursos significativos para investir em inovações, parcerias e expansão do ecossistema.

Além disso, Tron ganhou reconhecimento significativo, especialmente na China, o que é em parte atribuído ao apoio e influência de personalidades notáveis como Jack Ma, do Alibaba, Jihan Wu, da Bitmain, e Chaoyong Wang, do ChinaEquity Group, trazendo credibilidade para o projeto.

Como funciona o blockchain da Tron?

O blockchain da Tron utiliza um sistema conhecido como “Delegated Proof of Stake (DPoS)”, no qual 27 Super Representantes são eleitos pela comunidade para servir como validadores da rede. Esses Super Representantes são responsáveis por criar blocos, validar transações e garantir a segurança do sistema. Em troca, recebem recompensas de TRX, incentivando a participação e manutenção do ecossistema.

Tron é compatível com a Ethereum Virtual Machine (EVM), permitindo que desenvolvedores criem e implementem facilmente contratos inteligentes e aplicativos descentralizados, beneficiando-se da vasta gama de ferramentas e comunidades já estabelecidas pelo Ethereum. Isso torna a rede Tron uma das mais flexíveis e acessíveis para desenvolvedores que buscam explorar e expandir suas aplicações no universo blockchain.

Como Tron consegue escalabilidade?

Tron atinge alta capacidade de processamento através de uma combinação de arquitetura eficiente e algoritmos otimizados. A rede é capaz de processar aproximadamente 2.000 transações por segundo (TPS), superando o Ethereum, que processa cerca de 15 TPS. Essa performance é alcançada sem a necessidade de servidores extraordinariamente potentes como ocorre na Solana (SOL).

A eficácia do Tron está em seu mecanismo de consenso e na forma como os blocos são gerenciados e criados. Cada bloco no Tron é produzido a cada 3 segundos, com uma capacidade que se ajusta às demandas da rede, permitindo um fluxo contínuo e rápido de transações. Essa abordagem assegura velocidade e mantém as taxas de transação extremamente baixas, fazendo do Tron uma opção atraente para uma ampla gama de aplicações.

Como funciona o mecanismo de consenso da Tron?

O “Delegated Proof of Stake (DPoS)” é um mecanismo de consenso que visa oferecer uma alternativa mais eficiente e rápida ao “Proof of Work (PoW)” do Bitcoin. No DPoS, stake refere-se à quantidade de criptomoedas TRX que um usuário bloqueia como forma de suporte a um determinado validador, neste caso, chamados de Super Representantes.

Os usuários votam nos representantes usando seus tokens TRX como votos, portanto quanto mais tokens você bloqueia como stake, maior seu poder de voto. Existem travas temporais (lockup) quando os tokens não podem ser movimentados, garantindo compromisso e estabilidade na escolha dos validadores. Isso também ajuda a proteger a rede contra movimentos maliciosos.

Tron é segura? Como funciona seu mecanismo

Do ponto de vista tecnológico, a rede Tron é construída sobre uma base sólida, assemelhando-se ao Ethereum em muitos aspectos, o que significa que ela herda uma arquitetura extensivamente testada e uma natureza transparente devido ao blockchain. Este aspecto técnico, juntamente com o mecanismo de consenso “Delegated Proof of Stake (DPoS)” e a criptografia robusta, oferece uma forte segurança inerente.

No entanto, a segurança da Tron também depende de seu modelo de governança. A rede depende de um grupo selecionado de Super Representantes para validar transações, e embora esse sistema aumente a eficiência e a velocidade, também centraliza o poder a um certo grupo. Além disso, a Fundação Tron e seu fundador desempenham papéis significativos no desenvolvimento e expansão do ecossistema, o que adiciona um elemento de dependência em relação a essas entidades.

Quem criou a Tron?

Tron foi fundada por Justin Sun, um empreendedor e figura conhecida no espaço das criptomoedas. A oferta inicial de moedas (ICO) de Tron ocorreu em 2017 e arrecadou U$ 70 milhões. A Fundação Tron foi criada para administrar os recursos da tesouraria do projeto e coordenar o desenvolvimento do projeto, incluindo seu ecossistema.

Enquanto Justin Sun tem sido um promotor eficaz da Tron, sua abordagem e envolvimento em outros empreendimentos trouxe controvérsias. Sun adquiriu a plataforma de streaming descentralizada BitTorrent, além das exchanges Poloniex e Huobi, mas enfrentou críticas pela maneira como geriu a integração e a subsequente perda de fundos por conta de hacks.

Embora a Tron tenha alcançado sucesso e reconhecimento como uma das principais criptomoedas, as ações e o histórico de Sun, incluindo falhas no cumprimento de promessas, continuam a ser tópicos de discussão e avaliação na comunidade.

Para que serve a criptomoeda Tron (TRX)?

A criptomoeda Tron (TRX) é o token nativo da rede Tron, desempenhando diversas funções cruciais em seu ecossistema. TRX é usada para pagar as taxas de transações na rede, que inclui a emissão de tokens, registro e processamento de contratos inteligentes (smart contracts), além de atuar como depósito de garantia para os participantes do processo de validação de transações.

Usuários comuns podem participar no processo de validação através do staking, onde bloqueiam suas moedas TRX para ganhar direitos de voto e poder eleger os Super Representantes, recebendo recompensas por contribuir para a estabilidade e segurança da rede. Adicionalmente, TRX é utilizada dentro do ecossistema Tron para interações diversas, incluindo a operação de aplicativos descentralizados (dApps), e como meio de troca em diversos serviços. 

Qual o tokenomics da Tron (TRX)?

Na oferta inicial de Tron (TRX), foram lançadas 100 bilhões de moedas, das quais 36% foram vendidas na oferta inicial (ICO), 15% destinadas aos investidores privados, 15% alocadas para os fundadores e a equipe do projeto, e os 34% restantes reservados para a Fundação Tron. 

Com o passar do tempo, a Tron introduziu processos para reduzir o total de moedas em circulação, o que é uma prática comum para controlar a inflação equivalente. Até o final de 2023, o número total de TRX em circulação diminuiu para cerca de 88 bilhões. 

Como ocorre a redução na oferta circulante?

Na rede Tron, a emissão de TRX ocorre quando um bloco é produzido, o Super Representante recebe uma recompensa de 16 TRX e os outros 160 TRX são distribuídos para os participantes da votação. No entanto, existe um processo denominado burn (queima) conforme a transação consome largura de banda ou energia. Na prática, parte das taxas pagas na transação são destruídas, ajudando a reduzir a inflação de TRX e a prevenir transações maliciosas que possam sobrecarregar os recursos da rede.

Principais ativos digitais na rede Tron (TRX)

A rede Tron foi criada pensando na execução de aplicativos descentralizados e no registro de ativos digitais (tokens), e parte de seu sucesso depende da adoção desses sistemas. Dessa forma, vale a pena explorar os principais exemplos nas mais variadas áreas, pois é justamente esse ecossistema que garante uma demanda constante da moeda nativa TRX para as taxas de registro e processamento.

USD Tether (USDT)

Tether USD (USDT) é uma criptomoeda que visa paridade com o dólar norte-americano, portanto, uma stablecoin. Esse ativo digital é administrado pela empresa Tether, que inovou neste segmento ao lançar um ativo digital garantido por reservas corporativas. Para movimentar USD Tether não é preciso envolver contas bancárias, pois os registros ocorrem somente no blockchain. A stablecoin também possui versões oficiais nas redes Ethereum, Solana, Omni, e Avalanche.

BitTorrent (BTT)

O token BitTorrent (BTT) traz benefícios e serviços exclusivos na plataforma BitTorrent, a maior rede de compartilhamento de arquivos do mundo. Portanto, BTT é considerado um token de utilidade, permitindo aos usuários remunerar criadores de conteúdo e participar em votações. Na rede BitTorrent Chain (BTTC) existem diversos aplicativos, incluindo plataformas de streaming e jogos, utilizando o BTT como meio de troca ou recompensa.

Ape NFT (NFT)

Ape NFT (NFT) é o token de utilidade de seu marketplace de ativos digitais colecionáveis. Esse aplicativo descentralizado facilita o registro, certificação e negociação de forma acessível e segura para artistas e colecionadores. Ao utilizar serviços de armazenamento do BitTorrent File System, garante taxas de transação baixas e alta eficiência, portanto ideal para o mercado de artes digitais e coleções com grandes volumes. 

Just (JST)

Just (JST) é o token de utilidade da plataforma de serviços financeiros descentralizados (DeFi), utilizado principalmente para pagamentos, votações e operações de empréstimos colateralizados no ecossistema Just Network. JST permite aos detentores participar da governança e pagar taxas de transação nessa plataforma. Por último, o token JST é utilizado para staking, o depósito garantidor remunerado para balancear os riscos da plataforma.

SUN (SUN)

O token SUN é a peça-chave do protocolo de finanças SUN.io, que oferece funcionalidades de exchange descentralizada (DEX), ferramentas de rentabilidade (farming), depósito de liquidez remunerado (staking), e empréstimos colateralizados. Os detentores de SUN podem votar nas decisões de governança do protocolo, incentivando a participação da comunidade e a distribuição equitativa de recursos no ecossistema SUN.

WINkLink (WIN)

O WINkLink (WIN) é o token de utilidade do serviço de oráculo na rede Tron, facilitando a conexão de dados externos com contratos inteligentes (smart contracts). O sistema oferece integração de dados fora da rede blockchain, como preços de ativos, e todo tipo de informação, como resultados de jogos esportivos, dados e eventos mundiais. WINkLink remunera fornecedores de dados e permite participar na governança do protocolo.

Como guardar TRX e ativos digitais na rede Tron?

Para armazenar Trox (TRX) e outros ativos digitais dessa rede, os usuários devem usar uma carteira digital (wallet) compatível. As carteiras recomendadas pela comunidade incluem “TronLink” e “TronWallet”, ambas não-custodiais. 

Esses aplicativos armazenam as chaves privadas (senhas) e endereços necessários para movimentar tokens no padrão TRC, incluindo os não-fungíveis (NFTs), e interagir com aplicações descentralizadas. 

É importante notar que os ativos e endereços de Tron não são intercambiáveis com outros blockchains, como Ethereum ou Solana, mesmo que algumas carteiras digitais trabalham com mais de uma rede. 

Quais os riscos de investir em Tron (TRX)?

Primeiramente, o investidor deve avaliar seu perfil de risco e determinar a adequação de ativos de renda variável, incluindo criptomoedas. O valor do TRX varia segundo a oferta e demanda do mercado, de maneira independente das ações do emissor ou das exchanges.

Embora a demanda por ativos digitais e aplicações descentralizadas tende a crescer em função da descentralização e transparência, não há garantia de demanda contínua pelo uso específico da rede Tron. 

Além da competição com outros blockchains e as inovações tecnológicas constantes, riscos incluem possíveis falhas técnicas na rede e mudanças regulatórias adversas. Portanto, o principal risco está na volatilidade de mercado e incerteza sobre a adoção e desenvolvimento contínuo de Tron.

Como comprar Tron (TRX)?

Tron (TRX) é uma criptomoeda descentralizada, portanto, os usuários são livres para negociar o ativo digital e transacionar entre si de forma direta. Entretanto, para garantir uma maior liquidez e assegurar que ambas as partes envolvidas recebam o valor acordado, é aconselhável utilizar corretoras (exchanges) devidamente registradas para intermediar ativos digitais no Brasil.

Se você já abriu sua conta no Mercado Bitcoin (MB), comprar TRX é fácil e rápido:

1. Efetue uma transferência (TED ou PIX) para a conta bancária do MB. Você irá receber as instruções ao clicar em “Depositar” no site ou aplicativo.
2. Após ter seu depósito validado, selecione a criptomoeda “Tron” na barra lateral esquerda.
3. Clique em “Comprar e Vender” e defina qual o valor a ser utilizado na transação.
4. Para concluir a transação, clique no botão “Comprar Agora” e siga as instruções para confirmar a compra.

Vale a pena comprar Tron (TRX)? Vai valorizar?

Por um lado, a Tron (TRX) é mais arriscada que moedas mais descentralizadas como Bitcoin e Ethereum, devido a sua estrutura e governança. A dependência de um fundador ativo, embora traga agilidade para inovação e capacidade de formar parcerias estratégicas — como a integração com a Tether — introduz um grau de risco maior.

No entanto, essa estrutura permite que Tron adapte rapidamente tecnologias emergentes e adapte aplicações de outras redes, aumentando a utilidade e potencial de valor do TRX. O ecossistema tem seus próprios méritos e desafios, e seu potencial de valorização depende da adoção, inovação e cenário externo, incluindo regulação. 

Após aprender o que é Tron (TRX) e quais os diferenciais dessa plataforma de aplicações descentralizadas, abra sua conta no MB e aproveite as ofertas do mercado que mais valorizou nos últimos 10 anos.