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A guerra por fatias de mercado entre plataformas que facilitam a compra e a venda de ativos digitais  não fungíveis (NFTs) não é uma novidade. Desde o lançamento e a consolidação do líder OpenSea em 2017, foi frequente a manchete “AQUI ESTÁ O ASSASSINO DO OPENSEA” (LooksRare, X2Y2). Mas, apesar das tentativas dos concorrentes, o volume relativo do OpenSea continuou forte e estável (Messari) ao longo desses anos.

Na maioria dos casos, a tentativa dos concorrentes de roubar espaço foi por meio de algo chamado “ataque vampiro”, em que um novo projeto emite um ativo digital próprio (token) e tenta atrair novos clientes com promessas atrativas de retorno. Se você encontrar o termo “yield farming” ou “liquidity mining” em outros contextos no mundo cripto, a lógica é parecida.

No curto prazo, mostrou-se uma estratégia acertada para captar os holofotes e, aparentemente, até mesmo os clientes que antes usavam OpenSea. Mas, assim que os incentivos financeiros reduziam ou eram eliminados, os concorrentes não conseguiam manter a retenção apenas com os elementos positivos da sua plataforma (experiência do usuário, liquidez, várias coleções à venda, etc.) e a fatia de mercado conquistada acabava retornando para o OpenSea. Para adicionar mais pimenta à  discussão, no dia 14/02, **foi anunciado o novo token de marketplace BLUR**, gerando uma ansiedade e expectativa colossal no mercado, dado que a plataforma já movimentou mais que o OpenSea nos últimos meses e foi catapultado para a posição 138 por capitalização de mercado (~USD 300 milhões, segundo o Coingecko, em 25/2) poucas horas após seu lançamento.

Por enquanto, temos duas posições dominantes sobre esse duelo OpenSea vs BLUR.

A primeira diz que o OpenSea já construiu uma marca, confiança e liquidez inabalável. Mesmo sem um token próprio da plataforma, já conseguiu combater ataques à sua posição de mercado no passado e vai continuar a fazer a mesma coisa com a BLUR. Ainda, diz que parte relevante do volume da BLUR está acontecendo principalmente por causa do incentivo financeiro atrelado ao token e, que além de não ser sustentável, não resultará em uma retenção alta no futuro.

Já a segunda opinião diz que a hora do OpenSea como líder absoluto ACABOU. A Blur, com seu mecanismo de agregar diversas ofertas no mercado (imagine o “Google dos NFTs”, que busca informações em todos os sites e te retorna o melhor e mais barato NFT) e token próprio, vai finalmente conseguir resolver o problema histórico de ovo ou galinha de novas plataformas e, ainda, manter fatia relevante da fatia de mercado no longo prazo.

Qual das posições vai se mostrar acertada? Desculpe desapontar, mas veremos apenas nos próximos meses, quando o incentivo financeiro da BLUR reduzir, a poeira baixar e o volume falar mais alto.

DeFi: até que o ponto o “D” de “Descentralizadas” merece existir? 

Não vou ser repetitivo em falar que as Finanças Descentralizadas (DeFi) foram uma das maiores inovações que cripto possibilitou nos últimos anos.

Mais de 45% de TODAS as aplicações cripto são no segmento de DeFi (Dapp Radar), possibilitando casos de uso como comprar um ativo lastreado em dólar direto de uma economia em crise sem depender de autorizações ou sofrer com restrições de terceiros ou, até mesmo, tomar um empréstimo em poucos segundos usando apenas uma carteira cripto, com uma das taxas mais baixas de mercado e sem depender de instituições financeiras tradicionais, que, muitas vezes, apresentam restrições incompreensíveis de crédito (caixa preta) e processos analógicos custosos.

Porém, o que muita gente não sabe é que o que chamamos convenientemente de “aplicações descentralizadas” possuem dois componentes essenciais. O primeiro é como o usuário final (você) acessa a aplicação, que pode ser por meio de uma interface ou site tradicional (do mesmo jeito que já conhecemos).

Já o segundo componente é como essa interface se conecta com a lógica de programação (contratos inteligentes) que possibilita os casos de uso mencionados.

A parte do “site” ou “interface” (primeiro componente), como já vimos no caso do Uniswap e outros, podem ser censurados e restringir usuários entrando de uma determinada localidade, por exemplo. Aqui, vemos uma tendência extrema dos times por trás dos protocolos decidindo ser aderentes às regulações dos lugares em que oferecem o serviço ou times anônimos se importando pouco com a regulação aplicável e apenas com a disponibilidade do serviço globalmente o mais rápido possível – ambos com suas escolhas e consequências.

Já na parte dos contratos inteligentes (segundo componente), podemos usar o termo um tanto aberto “descentralizado” no sentido de que QUALQUER pessoa no mundo com uma carteira cripto consegue interagir livremente com eles e fazer o que bem entender, desde que dentro da lógica programada.

MAS, como nem tudo são rosas e nem todos os contratos inteligentes são imutáveis, o caso recente de uma aplicação DeFi chamada “Oasis.app” mostrou que precisamos prestar MUITA atenção também no conceito de “upgradability (“possibilidade de atualização”).

Por que esse termo existe?

Quando os times por trás dos projetos cripto estão em seus primeiros passos na construção dos protocolos, ainda tem muito espaço para erros e necessidades rápidas de mudanças no código. Por isso, em geral, os times lançam os contratos inteligentes com possibilidade de serem atualizados (leia-se, modificados em qualquer medida sem aviso prévio).

Essa alteração pode ser por meio de uma aprovação de um ou dois membros do time) até opções mais descentralizadas, em que qualquer alteração deve passar por milhares de votos da comunidade para ser efetivada .

No caso da Oasis.app, essa possibilidade de atualização foi feita para recuperar fundos provenientes de um dos maiores hacks da história do segmento (Wormhole – mais de USD325 milhões de dólares), a mando da corte inglesa.Independentemente de achar que a Oasis.app agiu corretamente e contribuiu para o fortalecimento de uma empresa grande no setor (Jump) ou que criou um precedente negativo para a indústria, aqui fica o pedido de cautela na próxima vez que usarem o termo “descentralizado” perto de você sem uma explicação mais aprofundada. 🙂

– Lucas Pinford é responsável por produtos no Mercado Bitcoin desde 2017 e estruturou as iniciativas de listagens, staking e stablecoin dentro do grupo. No passado, teve operação de gestão de ativos alternativos e trabalhou no Pinheiro Neto Advogados. Formou-se em Direito pela USP.

https://www.mb.com.br/economia-digital/nft/batalha-de-marketplaces-nft/
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