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Aviso: as informações deste artigo podem estar desatualizadas. Recomendamos verificar a data de publicação.

Oi, meu nome é Igor Erthal, eu trabalho na área de produtos e serviços B2C no Mercado Bitcoin e tive a oportunidade de representar a exchange no evento Avalanche Summit II, que ocorreu na semana passada, em Barcelona. O evento foi muito completo e interessante e eu gostaria de compartilhar contigo um pouco sobre os principais acontecimentos que ali ocorreram. 

No entanto, antes de iniciarmos, acredito que seja interessante apenas explicar para quem nunca teve contato com Avalanche sobre o que se trata o protocolo. A Avalanche, de forma resumida e simples, é um protocolo criptográfico de consenso usado em redes descentralizadas para alcançar um acordo sobre o estado de um sistema distribuído. Atualmente, a Avalanche (AVAX) encontra-se na 16ª posição do sistema criptográfico (abaixo de Shiba Inu e acima de Dai), possuindo um Marketcap de US$ 4,9 bilhões. 

Agora que você já está mais familiarizado com o objetivo do protocolo, bem como com a sua posição atual no ecossistema, deixe-me compartilhar os principais pontos do evento. 

Por se tratar de um acontecimento internacional, com inúmeras possibilidades, o Mercado Bitcoin me mandou, antes de viajar, algumas camisetas que pudessem auxiliar na minha identificação (aqui, ficam os meus agradecimentos à Thais Naufal e a todas as pessoas envolvidas – parabéns e muito obrigado!). O objetivo das camisetas seria fazer com que os participantes do evento pudessem saber que o Mercado Bitcoin estava presente e qualquer sinergia de negócios me encontrasse com maior facilidade. Qual o resultado? Muito além do esperado – pelo menos, do meu esperado. 

O Mercado Bitcoin é uma referência no Brasil e na América Latina. Somos a maior exchange dessa região… mas e na Europa? Aliás, não seriam pessoas apenas da Europa, mas, também, de todos os outros continentes! O que aconteceu foi que, independentemente de onde a pessoa fosse, ela já tinha ouvido falar sobre o Mercado Bitcoin e queria saber mais, entender melhor como está a atual situação da companhia e quais são os próximos passos. Eram muitas as pessoas que estavam interessadas – para vocês terem uma ideia, houve momentos em que se criou uma fila para falar comigo sobre o Mercado Bitcoin! 

Outro fato interessante e inusitado que aconteceu foi ainda no primeiro dia do evento. Eu estava conversando com um rapaz chamado Alex, dos EUA, que era representante da BENQI. Ele viu a camiseta e quis entender melhor a respeito do Mercado Bitcoin e nosso posicionamento sobre o segmento DeFi. Quando eu comecei a apresentar a empresa, falando sobre alguns números que já atingimos, eu e Alex fomos abordados por uma cliente do Mercado Bitcoin, a  Graziela, que chegou falando: “Mercado Bitcoin, vocês estão aqui, sensacional! O Reinaldo vai vir? Eu sou cliente do Mercado Bitcoin, que legal saber que vocês estão participando deste evento.” O Alex não entendeu nada, a Graziela chegou falando português, eu traduzi para informar o que ela havia comentado, trocamos algumas ideias nós três, tirei uma foto com ela e marcamos de se encontrar depois. Quando ela saiu, o Alex me olhou e disse: “Man, I don’t know if she works with you and this was prepared to happen, if so, congratulations but if not, I really want to know more about Mercado Bitcoin.” Sinceramente, aquela experiência foi sensacional! 

Mais tarde, eu descobri que o Alex também seria um dos palestrantes do evento no painel “What Will Bring DeFi to 1T (Revisited)”. 

De qualquer forma, a criação de novos contatos e entender, de forma prática, a relevância do Mercado Bitcoin no ecossistema criptográfico mundial foram experiências muito boas! 

Agora, deixe-me compartilhar um pouco sobre os painéis que ocorreram durante o evento. Impossível abordar esse assunto sem, antes, mencionar a estrutura do por trás de tudo – a Avalanche está de parabéns nesse ponto. O evento ocorreu no Poble Espanhol, um ponto turístico de Barcelona. O espaço estava distribuído entre 15 ambientes (todos com dinâmicas e propostas diferentes), sendo que 14 deles podiam ser acessados por todos os participantes – a área VIP estava reservada apenas aos palestrantes. 

Em 7 deles, ocorriam painéis, todos simultâneos – logo, era impossível acompanhar todos os talks, de forma que era preciso decidir quais acompanhar conforme os objetivos de cada um, além do fato que era necessário, também, estabelecer novos contatos, ou seja, tudo estava carregado com uma adrenalina bem intensa. Foram muitos os painéis que chamaram a atenção dos participantes do evento, mas, com certeza, o principal foi do Emin Gün Sirer (CEO & Founder da Ava Labs), com o tema “Keynote with Emin Gün SIrer, Ava Labs”. 

De forma resumida, Emin apresentou uma nova proposta que a Avalanche está implementando, a LLM-subnet. Em outras palavras, a Avalanche quer simplificar o uso da blockchain, dando acesso e oportunidade a todas as pessoas por meio da aplicação de Inteligência Artificial (IA). De forma prática, se você tem uma ideia que considera interessante, mas não possui nenhum conhecimento sobre códigos e linguagens para colocá-la em prática, a Avalanche pretende (e tudo indica que vai) mudar isso! 

Não quero entrar no mérito a respeito dos desenvolvedores “perderem” seu papel principal, mas gostaria de trazer uma reflexão (motivo que me fez me apaixonar por essa inovação da Avalanche): o sistema criptográfico costuma falar muito em “escalabilidade” e, no Avalanche Summit II, não foi diferente, em todos os painéis que eu acompanhei a palavra “escalabilidade” esteve presente. Eu não estou criticando ou dizendo que escalabilidade não é necessária, pelo contrário, entendo a necessidade, mas acredito que não podemos nos limitar somente a essa característica. Nenhum painel, exceto o do Emin, falou sobre “experiência do usuário”, sobre o ecossistema ser amigável (user-friendly). Na minha opinião, isso é tão importante quanto a escalabilidade. Por qual motivo? Não adianta, no final do dia, você ter um sistema ultraescalável se apenas 2 milhões de pessoas no mundo o utilizam (lembrando que somos mais de 7 bilhões de indivíduos no planeta)! 

O que eu quero dizer é que escalabilidade e experiência do usuário são conceitos que devem andar juntos, de mãos dadas. O Chat GPT tornou-se um sucesso por ser simples, por ser user-friendly – você coloca o que quer de maneira simples e recebe de maneira mais simples ainda! Em contrapartida, o MidJourney é tão legal quanto, mas não foi tão utilizado, por ser de difícil usabilidade. Existem diversos exemplos que poderiam ser citados aqui, mas o ponto é que o Emin apresentou uma proposta inovadora que os seguidores do ecossistema criptográfico, independentemente da rede de que gostem, devem ficar de olho. 

Mas, voltando aos painéis, gostaria de citar mais outros dois que acredito serem pertinentes. O painel “Growing Blockchain in Emerging Markets” teve como um dos palestrantes o Paulo David, da AmFi, e apresentou uma perspectiva da sinergia entre as principais economias emergentes com o ecossistema criptográfico. O Brasil, atualmente, é um elefante no meio de um aeroporto (essa foi a melhor analogia que consegui pensar para expressar a atenção que o Brasil está chamando no mundo). 

A criação do PIX já havia sido uma inovação e tanto para que o pessoal do exterior dissesse “O que foi que nós perdemos em relação ao Brasil para eles inventarem essa ferramenta tão transformadora?” – agora, com a criação e o lançamento da Stablecoin – CBDC – os “gringos” estão surpresos, de forma que a comunidade criptográfica mundial ficou instigada! O mais legal é falar que o Mercado Bitcoin é a única exchange que está trabalhando em parceria com o Banco Central no estudo do CBDC. Além disso, a pergunta por parte do pessoal é sempre a mesma: “mas o governo no Brasil é amigo de cripto? O Lula gosta de cripto?”. A partir desse ponto, é preciso explicar a independência do Banco Central em relação ao governo, apresentar o Campos Neto e falar um pouco sobre alguns dados e números do Brasil. Ao final, a reação é variada, mas a conclusão é a mesma: “eu não imaginava que o Brasil estivesse desse jeito, um cenário muito favorável ao ecossistema criptográfico.” 
Se o Brasil é um dos mercados mais promissores no ecossistema criptográfico (se não for o mais, a depender do segmento), como se posicionar no país? É nesse momento que entra o Mercado Bitcoin: já imaginou chegar nesse mercado promissor como o principal player? É sensacional fazer parte desse grupo e, principalmente, poder fazer o ecossistema criptográfico crescer.

O último painel que gostaria de destacar foi o “Learn and Earn: A New Way to Learn Avalanche and Unlock Opportunity”, com o palestrante Scott Meyer. Para aquelas pessoas que ainda não sabem, o Mercado Bitcoin foi a primeira exchange brasileira e da América Latin a lançar o “learn-to-earn” (produto muito bem visto e procurado pelos protocolos). Nesse painel, o Scott apresentou uma nova modalidade de learn- and-earn, com novas dinâmicas e ferramentas e, sobretudo, houve o lançamento do da proposta da Avalanche nesse sentido. 

Um ponto interessante é que o learn-and-earn da Metacrafters é dividido em fases, ou seja, vamos supor que sejam 3 – nesse caso, o usuário começa na fase 1 com aprendizados simples e, ao final, é recompensado com US$ 10. Para iniciar a fase 2, ele precisa pagar US$ 10 e, após finalizar essa etapa, será recompensado com US$ 20. Na fase 3, o usuário deverá pagar US$ 20 e será recompensado com US$ 50. A cada fase, o conhecimento vai se aprofundando, portanto, as matérias vão se tornando mais aprofundadas e, consequentemente, o usuário precisa aprender a utilizar ferramentas da Web3 para validar os materiais e continuar avançando. 

No final desse painel, tive a oportunidade de conversar com o Scott e debater a importância do papel da educação no ecossistema criptográfico. Uma das grandes barreiras de entrada da grande massa no ecossistema criptográfico passa por essa seara: as pessoas não possuem conhecimento sobre o ecossistema e isso, somado ao fato da mídia, na maioria das vezes, apresentá-lo como um segmento utilizado para fins ilegais, gera desconfiança e insegurança. Por isso mesmo se faz tão importante o papel educacional, tanto no sentido de apresentação como, também, de simplificação, isto é, demonstrar que existem procedimentos complexos, mas também há procedimentos simples, tendo em mente, ainda, que a comunidade está visando criar cada vez mais procedimentos simples. 

Por fim, gostaria de deixar a minha constatação sobre o evento e como vejo o ecossistema neste ano de 2023. A infraestrutura proporcionada pela Avalanche foi muito boa e a comunidade estar engajada é um sinal de que os próximos passos serão profundos e sólidos. Só o que eu chamaria a atenção é no sentido da necessidade de falar, de forma paralela, sobre escalabilidade e experiência do usuário, principalmente na Avalanche, que é uma rede muito interessante, mas, ao mesmo tempo, sua comunidade é muito estruturada em pessoas técnicas. 

E sobre 2023? Eu não sei se o Bitcoin vai subir ou descer, se bateu no fundo ou não, permaneço com a minha estratégia de compra mensal. O que eu chamaria a atenção é para o movimento de diversos países estarem passando dificuldade financeira, com uma instabilidade econômica, e isso pode ser uma excelente oportunidade para a população entender melhor sobre o ecossistema criptográfico, principalmente sobre Stablecoin. No final do dia, as pessoas querem aprender sobre cripto, possuem mais interesses do que medos – por isso mesmo, a comunidade tem um papel fundamental de compartilhar esse conhecimento!

Igor Erthal acompanha e estuda o ecossistema criptográfico desde 2016. Atualmente, é responsável pela área de novos produtos e negócios (B2C Cripto) e  Metaverso no Mercado Bitcoin. Ainda, é professor titular na empresa PlayMatch e ministrou diversos cursos sobre criptoativos e o ecossistema criptográfico em instituições no Brasil, como Fundação Getúlio Vargas (FGV), Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

https://www.mb.com.br/economia-digital/tecnologia/avalanche-summit-ii-barcelona-um-olhar-de-dentro-do-evento-para-o-mb/
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