Veja quantos Bitcoins existem e como isso é controlado
Quantos Bitcoins existem e qual é o limite máximo? Essa pergunta deixou perplexo o CEO do JP Morgan, um dos maiores bancos do mundo.
Não é preciso ser desenvolvedor para analisar, por conta própria, as linhas de código que definem a política monetária do Bitcoin. Aprenda agora!
Quantos Bitcoins existem?
Existiam 19,89 milhões de Bitcoins em circulação em julho de 2025. Esse dado é facilmente verificável ao executar o software da rede Bitcoin ou consultar sites como Clark Moody, Bitbo.io e TimechainStats.
O número exato de Bitcoins emitidos é previsível desde o lançamento da moeda em 2009, graças ao mecanismo de ajuste de dificuldade, que normaliza o ritmo de criação de novas moedas.
Mesmo uma mudança significativa no número de mineradores não afeta a política monetária, permitindo que qualquer usuário determine, sem surpresas, o total de Bitcoins em circulação em qualquer período.
Qual o limite máximo de emissão de Bitcoins?
O limite máximo de emissão de Bitcoins é 21 milhões de unidades, definido diretamente no software que mantém a rede. Esse valor foi estabelecido de maneira arbitrária, portanto o importante é a manutenção das regras.
Embora cada Bitcoin seja divisível, isso não altera o limite total de moedas em circulação. Dividir 1 quilograma de ouro em 1.000 partes de 1 grama cada não altera o valor total do metal precioso ou reduz sua escassez.
Fonte: River
O Bitcoin é o único ativo no mundo que oferece a autonomia para o usuário verificar total em circulação e limite máximo de emissão sem precisar confiar em terceiros.
Quem definiu quantos Bitcoins existem?
Satoshi Nakamoto, a pessoa ou grupo que criou o Bitcoin, estabeleceu o número máximo de moedas no software da rede, divulgado oficialmente em janeiro de 2009. Essa regra está gravada no código e cada usuário do software Bitcoin ajuda a reforçar esse limite de forma independente.
Satoshi definiu que a recompensa inicial seria de 50 moedas por bloco e que a cada 210.000 blocos aconteceria o halving do Bitcoin, cortando a emissão pela metade. Essas regras tornaram a política monetária da criptomoeda automatizada.
Fonte: IndependentReserve
Existem especulações de que o prazo de cerca de quatro anos para cada halving pode ter sido planejado para coincidir, de certa forma, com o ciclo eleitoral americano.
Quantos Bitcoins são criados por mês?
No início da rede Bitcoin, eram criados aproximadamente 216.000 Bitcoins por mês. Porém, a cada halving, esse ritmo cai pela metade. Atualmente, após quatro ciclos de halving, apenas 13.500 Bitcoins são emitidos mensalmente, equivalente a uma inflação anual de 0,8%.
Para comparar, cerca de 3.200 toneladas de ouro são extraídas por ano, uma inflação de 1,5%. No ouro, no entanto, é possível aumentar a extração investindo mais recursos, enquanto no Bitcoin a emissão é controlada e ajustada periodicamente, mantendo-se previsível.
Por que são criados Bitcoins na mineração?
Novos Bitcoins são criados como recompensa para os mineradores. Para obter essas moedas, o minerador precisa encontrar um código (hash) que ligue o novo bloco ao anterior e satisfaça as exigências da rede.
O processo é extremamente complexo e só pode ser realizado por tentativa e erro, exigindo grande poder computacional. É como uma loteria: quanto mais computadores atuando, maiores as chances de sucesso.
Esse sistema é conhecido como “Prova de Trabalho” e dificulta tentativas fraudulentas, pois qualquer participante pode verificar imediatamente se o código apresentado por um minerador é válido.
Como saber quantos Bitcoins vão existir em 2026?
Podemos estimar que, ao final de 2026, vão existir 20,06 milhões de Bitcoins. Basta começar do número atual em julho de 2025 (19,89 milhões) e somar cerca de 13.500 moedas por mês ao longo dos 17 meses restantes. Esse processo acontece sem necessidade de intervenção ou decisão dos participantes.
O próximo halving do Bitcoin está previsto para março de 2028, quando a emissão cairá de 3,125 para 1,5625 por bloco. Esses dados podem variar levemente, pois a descoberta de blocos nem sempre é exata a cada 10 minutos. A rede se ajusta para equilibrar essa média, tornando a previsão bem confiável.
Como funciona o ajuste de dificuldade do Bitcoin?
Se a dificuldade aumenta, o algoritmo passa a exigir mais zeros à esquerda no hash, tornando-o mais difícil de encontrar. Assim, o universo de possibilidades se restringe e as chances de uma solução válida ficam menores, desacelerando a mineração. Este ajuste ocorre a cada 2.016 blocos, algo próximo de 2 semanas.
Se o poder computacional cair drasticamente após o ajuste, a criação de novos blocos ficará mais lenta até o próximo ajuste, atrasando o cronograma. Você pode conferir a dificuldade em sites como Clark Moody e Mempool.space. No Bitcoin Core, basta usar o comando “getdifficulty” no console para visualizar o valor exato.
Quando acabam os novos Bitcoins?
O último Bitcoin deverá ser minerado por volta do ano 2140. No entanto, já em meados de 2030, teremos cerca de 99% dos Bitcoins em circulação, ou 20,8 milhões. Em 2038, existirá cerca de 20,96 milhões, o que representa 99,8% do total.
Críticos dizem que, ao chegar perto do limite, a recompensa aos mineradores pode ser insuficiente. Esse problema pode ser equilibrado por meio de maior uso da rede, gerando mais taxas de transação, ou uma valorização significativa do Bitcoin.
O que é preciso para minerar Bitcoin?
Para minerar Bitcoin, basta ter um dispositivo conectado à internet e um software compatível, sendo possível começar em minutos. É possível minerar no PC doméstico, mas a chance de conseguir recompensas é praticamente nula diante da enorme capacidade de processamento da rede.
Fonte: AsicMarketplace
Não é preciso armazenar todo o histórico da rede, mas suas chances de sucesso usando um computador comum são mínimas. Atualmente, a mineração é altamente competitiva e dominada por máquinas dedicadas chamadas ASICs , extremamente eficientes no algoritmo SHA-256.
O halving do Bitcoin altera os Bitcoins que já existem?
O halving do Bitcoin não altera os Bitcoins já em circulação, nem impacta diretamente o preço de mercado ou o saldo das carteiras dos usuários. O halving apenas reduz a quantidade de moedas mineradas em cada novo bloco.
O limite máximo de 21 milhões de Bitcoins já considera os 32 halvings previstos até 2140. Portanto, a política monetária permanece inalterada e sem surpresas para quem guarda ou utiliza Bitcoin.
O principal efeito do halving é reduzir o crescimento da oferta, tornando o ativo teoricamente mais escasso com o passar do tempo, mas sem mudar as moedas já existentes.
É possível existir mais de 21 milhões de Bitcoins?
Alterar a política monetária, por exemplo aumentando o limite para 30 milhões de moedas, exige um “hard fork”, ou seja, uma divisão “em definitivo” na rede. Quem continuar usando o software original do Bitcoin não reconhecerá essas mudanças ou transações vindas da nova versão.
Este tipo de divisão já ocorreu, como o Bitcoin Cash (BCH) em 2017, mas a nova moeda geralmente não carrega o mesmo nível de segurança nem o suporte da maioria dos mineradores ou da base de usuários.
Embora seja tecnicamente possível lançar uma nova moeda ou alterar limites, difícilmente alcançaria o reconhecimento do Bitcoin original.
Como saber se meu Bitcoin existe?
Para conferir o saldo de um endereço Bitcoin, basta usar exploradores de blocos como mempool.space ou blockstream.info. Para validação sem confiar em terceiros, é possível instalar o software do Bitcoin (Bitcoin Core ou Knotz) e baixar o histórico completo da rede, atualmente com cerca de 672 GB.
Qualquer usuário pode comprovar a existência de seus Bitcoins sem depender de outras pessoas. Usando uma chave-mestra (seed), normalmente composta por 12 ou 24 palavras, você pode gerar milhares de endereços para receber Bitcoin, o que oferece maior privacidade para armazenar e movimentar suas moedas.
A criptomoeda Bitcoin pode existir sem blockchain?
Não, o Bitcoin e seu blockchain são inseparáveis. O blockchain é o registro público e descentralizado onde todas as transações Bitcoin são gravadas e validadas coletivamente pelos participantes da rede.
Mineradores competem para construir novos blocos e ligá-los à cadeia usando algoritmos complexos, e são recompensados em Bitcoin por isso. Se algum grupo tentar alterar regras, é excluído pelo restante da rede.
A própria remuneração dos mineradores depende do funcionamento correto do blockchain, então não há incentivo para quebrar as regras. Bitcoin só existe dentro do seu próprio blockchain, e a carteira digital (wallet) armazena apenas as senhas para transferir moedas.
Pode existir uma criptomoeda melhor que o Bitcoin?
Sim, do ponto de vista técnico, podem existir criptomoedas com funcionalidades superiores ao Bitcoin. Novas blockchains podem ser mais rápidas, seguras ou programáveis. Entretanto, o Bitcoin é um protocolo aberto que pode receber atualizações tecnológicas, como provado pelos upgrades SegWit (2017) e TapRoot (2021), aumentando a capacidade de transação e a privacidade.
Mesmo que outra moeda ofereça melhores recursos, o Bitcoin tende a adaptar melhorias realmente importantes com o tempo. Seu valor está não só na tecnologia, mas também em sua história, efeito de rede e no consenso de milhões de usuários ao redor do mundo.
Existem empresas por trás do Bitcoin?
O Bitcoin é um software de código aberto, portanto não há uma empresa controlando seu desenvolvimento. Diversos desenvolvedores, inclusive alguns contratados ou financiados por empresas, contribuem regularmente com sugestões e melhorias.
Qualquer implementação precisa ser aprovada por consenso entre os participantes da rede, e ninguém é obrigado a seguir a versão proposta por uma empresa ou grupo específico.
Mudanças na política monetária, por exemplo, só teriam efeito caso consigam maioria absoluta dos usuários. Assim, mesmo que empresas participem do desenvolvimento, a rede permanece independente, soberana e protegida contra interesses centralizados.
Existe chance de hack no Bitcoin?
Existe, em teoria, a possibilidade de bugs no código do Bitcoin, como em qualquer software. Porém, a rede descentralizada é capaz de se organizar rapidamente para corrigir falhas.
Em 2018, um bug foi identificado que poderia permitir a criação de Bitcoins em excesso, mas nenhum minerador o explorou, já que tal ação seria imediatamente descoberta e revertida.
Essa proteção social é uma camada importante de defesa, pois qualquer tentativa maliciosa seria corrigida em questão de horas, mantendo o Bitcoin seguro e confiável.
Existe futuro para o Bitcoin além do ouro digital?
Sim, o Bitcoin ainda é uma aposta de crescimento exponencial. Apesar dos seus 16 anos, o ecossistema segue em desenvolvimento. O uso como ouro digital deve seguir sem grandes mudanças, mas a rede permite outras aplicações e registros de dados. Soluções de privacidade também apontam caminhos promissores.
O Bitcoin preserva sua proposta de segurança e descentralização, funcionando como camada de liquidação final para diversas aplicações. Um dos focos de inovação envolve a transmissão de dados por radiofrequência entre usuários, além de redes de segunda camada que possibilitam transações offline, sem internet, SMS ou similares.
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