Bitcoin x ações: confira os riscos e potencial de valorização
No passado, o bitcoin era visto como mais arriscado do que as ações na bolsa de valores. Com o tempo, porém, essa diferença diminuiu significativamente.
Descubra agora as principais diferenças entre investir em bitcoin e ações na bolsa de valores, além dos riscos e potenciais de cada classe de ativos.
Bitcoin ou ações na bolsa de valores? Onde investir?
Bitcoin (BTC) e ações de empresas são classes de ativos complementares, cada uma oferecendo vantagens únicas. Bitcoin é uma mistura de moeda e commodity, com oferta previsível e resistência à censura, enquanto ações representam participação em empresas que podem gerar lucros e pagar dividendos.
Investidores conservadores ou arrojados podem se beneficiar ao diversificar entre ambos, aproveitando o potencial de valorização do Bitcoin e a estabilidade das participações acionárias.
Bitcoin é ideal para quem busca proteção contra inflação e ativos descentralizados, enquanto ações de empresas oferecem exposição ao crescimento econômico e pagamentos regulares. A escolha depende do perfil do investidor e seus objetivos financeiros.
Como funciona o investimento em ações na bolsa de valores?
Investir em ações de empresas significa comprar uma parte de uma empresa, tornando-se sócio. O investidor pode receber dividendos (parte dos lucros) ou lucrar com sua valorização. Empresas podem emitir mais ações para captar recursos, diluindo a participação dos acionistas existentes.
As participações acionárias ficam armazenadas em contas digitais ligadas às corretoras, que atuam como intermediárias. O preço das ações de empresas é o mesmo em qualquer corretora, mas estas podem cobrar taxas diferentes. A bolsa garante transparência e segurança nas negociações.
Embora existam empresas que pagam dividendos ao distribuir lucros, existem oportunidades de ganho em companhias com alto potencial de crescimento.
Qual a diferença entre bolsa de valores e Ibovespa?
A bolsa de valores é o ambiente onde se negociam diversos ativos financeiros, como ações de empresas, títulos de renda fixa, contratos futuros de câmbio e juros, commodities como boi gordo e soja, entre outros. Ela oferece infraestrutura para que investidores e instituições realizem negociações de forma segura e transparente.
Já o Ibovespa é um índice teórico que reflete o desempenho médio das ações mais negociadas e representativas da bolsa. Ele é composto por um número específico de ações, revisado periodicamente. Embora seja apenas uma referência, existem fundos ETFs que replicam essa carteira, permitindo investimento direto no índice.
Como funciona o investimento em Bitcoin?
Investir em bitcoin envolve comprar frações dessa criptomoeda, conhecidas como satoshis. A valorização vem da oferta limitada e previsível, além da expectativa de crescimento na adoção. Os preços são definidos pelo mercado, variando conforme negociações nas corretoras (exchanges), em função de diferentes perfis de clientes, liquidez e taxas.
Além das exchanges, é possível comprar bitcoin diretamente entre pessoas físicas (P2P), mas isso pode ser arriscado por oferecer menor proteção operacional. Após a compra, bitcoins são armazenados em carteiras digitais (wallets), oferecendo inclusive opções sem conexão direta com a internet, garantindo maior segurança contra ataques.
Bitcoin ou ações na bolsa de valores? Risco e retorno
Bitcoin apresenta maior risco devido à sua volatilidade extrema. Apesar disso, seu retorno supera amplamente o Ibovespa, tanto em períodos curtos quanto longos. Em resumo, ações de empresas são menos voláteis, mas oferecem retornos mais modestos.
Bitcoin | Ibovespa (ações) | |
Retorno 12 meses* | +42% | +2% |
Retorno 24 meses* | +232% | +20% |
Retorno 36 meses* | +160% | +10% |
Volatilidade atual* | 60% | 23% |
Volatilidade máxima 36 meses | 80% | 34% |
*período até 11/04/2025.
Investidores devem considerar que o alto potencial do bitcoin vem acompanhado de oscilações bruscas, enquanto as participações acionárias tendem a ser mais previsíveis. Para equilibrar risco e retorno, diversificar entre ambos pode ser uma estratégia eficaz, ajustando a proporção conforme seu apetite de risco.
Investir em bitcoin vs. ações na bolsa: principais diferenças
Bitcoin e ações de empresas possuem diferenças fundamentais em funcionamento e regulamentação, impactando a forma como são negociados.
Aspecto | Bitcoin | Ações na Bolsa |
Horário de negociação | 24h/dia, todos os dias | Dias úteis |
Liquidação | Instantânea | 1 dia útil |
Circuit breaker | Não existe | Suspensão temporária em quedas bruscas |
Transparência | Blockchain auditável | Relatórios trimestrais das empresas |
Isenção fiscal | Vendas totais em criptoativos até R$ 35 mil/mês são isentas | Não há isenção específica |
Segurança | Irreversível após confirmação no blockchain | Negociação pode ser congelada ou revertida |
Bitcoin oferece maior liberdade e capacidade de resistência à censura, enquanto o mercado de participações acionárias oferece a possibilidade de participação nos lucros das empresas. Escolher entre os dois depende do perfil do investidor e seus objetivos financeiros.
O que avaliar ao decidir entre bitcoin e ações na bolsa?
Decidir entre bitcoin e ações de empresas exige avaliar o perfil de risco, horizonte de investimento e objetivos financeiros. Quem busca previsibilidade pode priorizar empresas defensivas ou exportadoras, que oferecem maior estabilidade em momentos de crise. Essas empresas também podem pagar dividendos regulares, gerando renda passiva.
Por outro lado, investidores com maior apetite por risco podem dar preferência ao bitcoin, aproveitando sua oferta limitada e potencial de valorização no longo prazo. A estratégia de compra periódica (DCA) ajuda a reduzir a pressão psicológica de decidir pontos de entrada. Diversificar entre ambos é uma abordagem prudente para equilibrar segurança e retorno.
Como a inflação e taxas de juros impactam bitcoin e ações na bolsa?
Altas taxas de juros para conter a inflação tendem a favorecer investimentos em renda fixa, prejudicando ações de empresas devido ao aumento no custo de capital e possível redução na demanda por produtos ou serviços das empresas. Esse cenário é especialmente negativo para companhias endividadas ou dependentes de crescimento econômico.
Em contrapartida, o bitcoin não possui correlação com a política monetária brasileira, especialmente em relação às taxas de juros. Assim, ao adicionar exposição ao bitcoin em uma carteira que já possui ações na bolsa, é possível reduzir o risco de impacto negativo causado por um único fator. Mesmo em períodos de queda na bolsa brasileira, o bitcoin pode se valorizar.
Como equilibrar a alocação entre bitcoin e ações na bolsa?
Investir em bitcoin e ações de empresas não é uma escolha excludente, pois os vetores de alta são distintos. O investidor pode diversificar entre ambos, ajustando a alocação total em renda variável conforme seu apetite por risco. Bitcoin se destaca por seguir a cotação do dólar, oferecendo proteção cambial, enquanto o Ibovespa tem menos empresas com receitas em moeda estrangeira, reduzindo essa vantagem.
Além disso, o bitcoin apresenta maior potencial de valorização no longo prazo, mas com alta volatilidade. Já as participações acionárias oferecem maior previsibilidade e possibilidade de dividendos. Uma alocação equilibrada depende do perfil do investidor e seus objetivos financeiros.
Existe negociação de bitcoin na bolsa de valores?
Não há negociação direta de bitcoin na bolsa, mas existem fundos negociados em bolsa (ETFs) que oferecem exposição indireta ao ativo. Esses fundos representam cotas de empresas cujo único ativo no balanço é o bitcoin (BTC), portanto e replicam seu desempenho. A vantagem é a exposição para clientes restritos aos ativos negociados em bolsa, mas estes possuem custos, como taxas de administração e seguros.
Ao comprar bitcoin diretamente em exchanges, o investidor pode transferir as moedas para carteiras digitais (wallets), garantindo maior controle e segurança. No entanto, se preferir, os clientes do MB podem contar com nossa custódia, deixando suas criptomoedas armazenadas com total tranquilidade, podendo transferir a qualquer momento para carteiras externas.
Como saber se uma exchange é segura?
É fundamental avaliar o quadro societário, incluindo as áreas de compliance e segurança da informação. Certifique-se de que os ativos dos clientes sejam mantidos separados do patrimônio da exchange. Algumas plataformas internacionais apresentam uma página de “Prova de Reservas”, mas, na prática, acabam misturando os ativos dos clientes com os da empresa, o que contraria as boas práticas do mercado.
As empresas que operam no Brasil têm a obrigação de reportar todas as transações e movimentações de clientes à Receita Federal. Já ao escolher exchanges sediadas no exterior, o usuário torna-se responsável pelo informe mensal de suas movimentações. A omissão dessas informações pode resultar em multas de 1,5% a 3% do valor, mesmo que não haja lucro nas operações. Por fim, cabe à exchange emitir a Nota Fiscal Eletrônica de Serviços.
Bitcoin é um ativo regulado no Brasil?
O investimento em bitcoin é completamente legal e permitido no Brasil. O marco regulatório do setor, denominado “Lei das Criptomoedas” (PL 4401/21), foi complementado pelo Decreto 11.563, publicado em junho de 2023, que atribui ao Banco Central a função de órgão regulador do setor. Esse decreto define normas e requisitos para as empresas que pretendem operar no mercado de criptomoedas.
A legislação estabelece diretrizes e regras, além de exigir o registro das “prestadoras de serviços de ativos virtuais”, como exchanges, empresas de tokenização, custódia e intermediação. É importante destacar que a existência de um site ou aplicativo não assegura que uma exchange seja regulamentada. Por isso, é essencial avaliar cuidadosamente a empresa antes de realizar qualquer depósito ou compartilhar documentos.
Qual o risco de investir em bitcoin?
Primeiramente, é importante compreender que não há um preço mínimo garantido nem uma entidade dedicada a valorizar o ativo. Além disso, o bitcoin apresenta uma cotação com variações imprevisíveis, característica conhecida como volatilidade. Por outro lado, a criptomoeda oferece vantagens únicas em termos de segurança e transparência, além de contar com um histórico de 15 anos de resistência a ataques.
É fundamental manter uma alocação que esteja alinhada ao seu perfil de risco em ativos de Renda Variável, incluindo criptomoedas. Também é aconselhável estabelecer uma estratégia de longo prazo para investir em bitcoin. As oscilações de preço, inclusive quedas, são naturais e esperadas em uma classe de ativos com grande potencial de valorização, mas que ainda está em estágio inicial de adoção.
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