Investir em ouro ou Bitcoin: qual a melhor reserva de valor?
Ouro e Bitcoin são ativos com muitas semelhanças, porém nem sempre caminham na mesma direção. Afinal, onde é melhor investir?
Confira agora qual o diferencial do ouro, em que aspectos o Bitcoin vence e como comprar criptomoedas atreladas ao metal precioso.
Ouro é melhor que Bitcoin?
O ouro é, sem dúvidas, a maior e mais antiga reserva de valor da humanidade. Com um valor total de mercado de US$ 22,5 trilhões, o metal precioso supera com folga a soma das sete maiores empresas de tecnologia. Em contrapartida, o Bitcoin é o ativo que mais se valorizou, tanto em períodos de um ano quanto em prazos mais longos. A escolha entre ouro e Bitcoin depende da aversão ao risco de cada investidor.
Embora o ouro tenha maior prestígio, seria incorreto afirmar que seu valor advém da utilização industrial, que representa apenas 11% da produção. Ademais, a reciclagem de material eletrônico e componentes supre parte do ouro necessário no setor produtivo. Desse modo, é possível afirmar que o preço do ouro é especulativo, pois sua cotação flutua conforme oscila a oferta e a demanda.
Bitcoin é “ouro digital”?
Não. O Bitcoin (BTC) possui algumas características que tornam o ativo escasso e durável, porém as semelhanças com o ouro param por aí. O metal precioso funciona sem energia e não depende de uma rede mundial de computadores para processar transações, pois é um bem físico. Já o Bitcoin só existe no blockchain, no meio digital, embora isso traga algumas vantagens.
Por exemplo, é possível verificar o total de Bitcoins em circulação e validar transações por conta própria, praticamente sem custo. Em contrapartida, é impossível rastrear todo o ouro produzido no mundo, e verificar seu grau de pureza demanda certo investimento e tempo. O ouro vence por seu amplo histórico e maior adoção, especialmente no nível de governos e bancos.
Ouro ou Bitcoin? Qual a relação entre risco e retorno?
Por se tratar de um ativo em estágio inicial de adoção, tanto como reserva de valor quanto como meio de transação, o Bitcoin apresenta um retorno expressivamente mais elevado que o ouro. Em contrapartida, o ouro oferece uma volatilidade menor, ou seja, variações médias diárias de preço mais controladas.
Retorno (em dólar)* | Volatilidade 120 dias (pico) | |||
Bitcoin | Ouro | Bitcoin | Ouro | |
1 ano | +61% | +44% | 37% | 16% |
2 anos | +319% | +70% | 37% | 16% |
5 anos | +998% | +148% | 74% | 20% |
8 anos | +3572% | +168% | 86% | 20% |
10 anos | +44175% | +177% | 86% | 20% |
*até 10/junho/2025.
Embora ambos sejam classificados como renda variável em função da ausência de previsibilidade dos retornos, o Bitcoin possui um histórico de retorno mais elevado, mesmo quando ajustado pelo risco. Ademais, a volatilidade do Bitcoin tem se reduzido ao longo dos anos, tornando o investimento ainda mais atrativo na equação entre risco e retorno.
O que influencia a cotação do Bitcoin?
A cotação do Bitcoin é determinada pelas expectativas de cada participante, baseadas na percepção de valor, utilidade e diferenciais da criptomoeda em relação a outros ativos, sejam eles financeiros ou não. O valor do Bitcoin decorre de sua política monetária rígida, transparência e segurança no histórico de movimentações, além da resistência à censura.
No entanto, outros fatores também contribuem, como a oferta total das moedas emitidas por governos, taxas de juros, tensões comerciais e a própria procura por ativos alternativos. Conforme a narrativa de “ouro digital” ganha força, maior se torna o potencial de alta da criptomoeda. Em resumo, é impossível determinar com precisão quais fatores influenciam a cotação do Bitcoin.
O que influencia a cotação do ouro?
A cotação do ouro é influenciada por fatores econômicos globais e decisões de investidores. Esse preço não é determinado diretamente pela compra e venda do ouro físico, mas majoritariamente pela negociação nos mercados financeiros. Em tempos de crise ou inflação, a demanda por ouro como reserva de valor aumenta. Já juros altos e dólar forte tendem a pressionar o preço para baixo, refletindo o cenário macroeconômico.
Contratos futuros, certificados e fundos de investimento em ouro (ETFs) funcionam como referência e são usados por bancos centrais, gestores profissionais e indivíduos de alta renda para proteger patrimônio ou especular. Assim, mesmo sem movimentação física do metal, grandes volumes negociados nesses ativos impactam sua cotação.
O que diferencia o Bitcoin das demais criptomoedas?
O Bitcoin se diferencia das demais criptomoedas por sua rede altamente descentralizada, segura e amplamente adotada. Sua validação depende de milhares de usuários executando o software de forma independente, além de uma imensa força computacional dedicada à mineração, o que garante resistência contra ataques e censura.
Mesmo que seu código seja copiado, nenhuma réplica carrega a robusta infraestrutura, confiabilidade e neutralidade garantidas pela ausência de controle central. Outro diferencial é sua adoção crescente como ativo voltado à preservação de capital por empresas e governos, inclusive com a inclusão por meio de instrumentos financeiros, como ETFs e contratos derivativos.
Por que comprar Bitcoin?
O Bitcoin combina escassez programada com segurança e resistência à censura. Sua emissão é limitada a 21 milhões de unidades, com redução automática conhecida como halving do Bitcoin, que ocorre a cada quatro anos e corta pela metade a criação de novas moedas. Esse mecanismo controla a inflação e reforça a escassez ao longo do tempo.
Paralelamente, o ajuste de dificuldade regula a velocidade de mineração, garantindo que blocos continuem sendo produzidos, em média, a cada 10 minutos. Na prática, mesmo que o número de mineradores na rede dobre, a produção permanece constante. O Bitcoin possui baixa correlação com ativos tradicionais e permite a custódia direta pelo investidor.
Por que comprar ouro?
Comprar ouro é uma forma tradicional de proteger patrimônio em tempos de incerteza. O metal é reconhecido globalmente como reserva de valor, com aceitação que atravessa séculos e fronteiras. Diferente das moedas fiduciárias, o ouro não depende de governos ou bancos centrais, sendo resistente à inflação e à desvalorização cambial.
Sua oferta é limitada e a extração é cara, o que sustenta seu valor ao longo do tempo. Historicamente, o ouro tende a se valorizar durante crises econômicas, conflitos geopolíticos ou instabilidade nos mercados financeiros. Também funciona como ferramenta de diversificação, pois tem baixa correlação com ações e títulos de dívida.
Ouro vs. Bitcoin: qual a melhor reserva de valor?
Ouro e Bitcoin são vistos como reservas de valor, mas diferem em estrutura, acessibilidade e riscos. Cada um oferece vantagens específicas conforme o contexto econômico.
Ouro | Bitcoin | Comentário | |
Histórico de uso | Longo | Médio | Ouro é aceito há milênios; Bitcoin surgiu em 2009. |
Portabilidade | Limitada | Alta | Bitcoin pode ser transferido globalmente em minutos. |
Transparência | Baixa | Total | Não é possível auditar o total circulante ou produção do ouro. |
Volatilidade | Baixa | Alta | Bitcoin tem oscilações maiores de preço no curto prazo. |
Oferta | Limitada, mas variável | Estritamente limitada | A mineração de ouro pode aumentar; o Bitcoin tem limite fixo. |
Por que investir em ouro em 2025?
O ouro, historicamente, tem se mostrado eficaz na proteção contra a inflação em horizontes mais longos, sobretudo durante períodos de crise. Sua difícil extração contribui para a escassez do metal, o que o torna uma excelente forma de preservação de valor.
A principal função de uma boa reserva de valor é manter o poder de compra ao longo do tempo. Isso, porém, não implica que sua cotação seja estável ou isenta de quedas ocasionais.
O metal precioso segue sendo um ativo estratégico para bancos centrais e instituições internacionais ao redor do mundo, que concentram 31% do estoque global em barras e moedas. Além disso, países como China e Rússia dobraram suas reservas desde 2015, conforme dados do World Gold Council.
Como comprar ouro no Brasil?
No Brasil, a compra de ouro físico deve ser feita por instituições autorizadas pelo Banco Central, como bancos regulados e distribuidoras de valores que garantem certificação de origem e qualidade. Apesar disso, o ouro físico envolve custos com custódia, spreads elevados e necessidade de armazenamento seguro.
Outra alternativa são os fundos de investimento em ouro (ETFs), que oferecem praticidade e liquidez, mas possuem taxas de administração e custos embutidos que impactam os rendimentos ao longo do tempo. Já os contratos futuros permitem especular sobre o preço do ouro sem posse física, mas envolve alto risco devido à alavancagem e à exigência de margens de garantia.
Conheça PAX Gold (PAXG), a stablecoin do ouro
A PAX Gold (PAXG)é uma criptomoeda que busca paridade com o ouro, pois a empresa gestora Paxos garante que 1 token de PAXG representa depósitos de 1 onça troy (31,1 gramas) de ouro físico ou ativos equivalentes. Tendo iniciado operações em 2015, a Paxos atua de forma totalmente regulada nos EUA e segue todas as normas locais.
A equivalência da stablecoin do ouro ocorre em função da possibilidade de resgate pelos detentores aprovados no processo de Conheça seu Cliente (KYC) da Paxos. A qualquer momento, esses investidores podem solicitar a quantia equivalente em ouro. Dessa forma, a stablecoin mantém sua conversibilidade mesmo que a PAXG não esteja sendo negociada em exchanges.
Onde comprar PAX Gold (PAXG) no Brasil?
Você pode adquirir stablecoins, as criptomoedas pareadas com lastro em ouro, no Mercado Bitcoin (MB), a exchange mais segura da América Latina, com 12 anos de histórico sem vazamentos ou ataques bem-sucedidos. Em nosso site ou aplicativo oficial, você realiza todas as etapas da compra de forma segura e prática.
O MB integra o Grupo 2TM, que controla a fintech MB Pay, uma Instituição de Pagamento regulamentada no Brasil. Nem toda corretora (exchange) é igual, variando em base de clientes, taxas, segurança e respaldo regulatório. Confiar em empresas sediadas em paraísos fiscais pode deixar o usuário desamparado.
Como reduzir o risco ao comprar Bitcoin?
Manter uma alocação compatível com seu perfil de risco é essencial ao comprar Bitcoin. Adoção de aportes periódicos, sem tentar prever o melhor momento de entrada, é uma estratégia prudente. As oscilações de preço, incluindo quedas acentuadas, são comuns em uma classe de ativos com alto potencial e adoção ainda em fase inicial.
É recomendável direcionar recursos com foco no médio e longo prazo, evitando vendas forçadas em momentos de baixa e prejuízos desnecessários. Desconfie de promessas de lucro garantido, especialmente em mineração na nuvem ou robôs (bots) de arbitragem. Se uma exchange escolhe se estabelecer em paraíso fiscal, isso pode representar sérios riscos em casos de litígio.
Como reduzir riscos após comprar criptomoedas?
Aqui estão algumas boas práticas para manter comprar e guardar criptomoedas de forma segura:
- Baixe aplicativos apenas de lojas oficiais e tenha muito cuidado ao habilitar aplicativos de “fontes desconhecidas”.
- Nunca compartilhe suas chaves privadas ou senhas de acesso, inclusive via QR code.
- Interaja com as empresas apenas por meio de canais oficiais, tomando cuidado com contatos em redes sociais e e-mails.
- Ative a autenticação de dois fatores (2FA) para adicionar uma camada extra de segurança.
Em caso de dúvida, sempre procure pelos canais oficiais da empresa antes de tomar qualquer decisão.
Abra sua conta no MB e comece hoje mesmo a investir em ativos que protegem seu patrimônio, incluindo Bitcoin (BTC) e PAX Gold (PAXG).